Quilos e Corijas voando no amor de um disco de Bowie

Acordo o dia e espero que a noite não se atrase, preciso-te ver andando pela Praça Benedito Calixto, entre as barracas, choro e pastéis, você gosta de tudo exceto o hesito de minhas palavras ao pronunciar o amor, era bem de se esperar, pois o frio do leste andou esfriando meu coração, não se incomode com o charme da magia, o mistério do planeta é a febre do amor que retenho em minha pobre alma.

Beija-me e me morda com sua levada, me puxa contra o seu colo e me faz sentir vivo, pois a tempo não me sentia, não se importe com minhas palavras, essas da quais nem eu às vezes entendo, o meu medo é largar essa vida mundana. Vou sentir falta dos meus amigos caso eu venha ser privado e como um pássaro selvagem vou voar, não pode minhas vontades e muito menos queira ir embora cedo, sou a coruja da vida e gosto do ficar, fumar e olhar; ter a certeza que o que esta no ar é muito mais do que vontade de estar, é o que preciso. Por que no meu feijão eu gosto de pimenta e não vai ser nem a primeira e nem a ultima vez que vou me sentir assim, o tempo é o dengo do amor e brotara nas entranhas de uma construção ardida. Vamos lá que o disco do David Bowie é pra ser curtido no azeite com um pequeno dente de alho, orvalho é clichê demais pra cair entre o azedume do meu peito, quero mais é dançar com você pelos corredores da estação da luz, descer ouvindo o trompete que ecoa na Rua Augusta que agora anda muito mais que a 120 “quilos metros por hora”, pesado e brando todo muito esta pego, como se fala nesse lugar em?!!? No Belas Artes pega uma pipoca doce e mesmo que você não consiga comer simule o silencio e por favor não se mastigue diante do espelho, banheiro de novo? Cadê o Bowie? Wild is The Wind? Tétrico demais pra você? Não meu caro amigo essa é perfeita para ser sua trilha sonora aqui ou no Japão, pois você estaria do mesmo jeito, jogue merda no ventilador a assista os olhares de cada um ao receber sua cota. O espelho vem te maltratando com o passar dos anos e isso era algo que você não sabia; crueldade do tempo que tanto quanto pode agregar a decadência do amar, querendo um romance à melhor saída é comprar um bom livro, pois a vida real esta mais para novela mexicana, mesmo assim tento e tentaremos. Quem sabe ela? Quem sabe eu? Queria apenas a certeza que a dor não é o amor disfarçado e que as Rosas não são apenas a beleza dos espinhos encravados no coração de um apaixonado cafajeste. Nós nunca perdemos o controle.

R Davoglio
Enviado por R Davoglio em 04/05/2011
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