Minha poesia marginal...
Esther Ribeiro Gomes
Minhas poesias jazem na gaveta e as letras enfileiradas uma a uma, permanecem imutáveis, quietinhas, à espera que um dia sejam lidas...
Ah, meus poemas solitários, esquecidos na gaveta do armário, amarelecidos pelo tempo...
Um dia, talvez, algum curioso os leia e se interesse por eles.
Ah, meus versos tão queridos, tão meus, frutos do meu imaginário,
de emoções vividas, de momentos solitários, em que desnudei minh’alma por inteiro...
Ah, minha poesia, fruto dos anseios do meu coração, és fiel companheira da minha solidão...
Doce amiga que, silente, me acompanha pelas noites insones!
Quando eu partir, quiçá se espalhe feito aroma de flores entre
os que foram meus amigos, meus amores...
As pessoas apressadas que desprezam os poetas, consideram
a poesia uma perda de tempo.
Preenchem seus dias com ‘prioridades’ materiais, mas o tempo não perdoa, ele passa, inexorável!
Um dia saberão que poesia é a essência da vida, é um manancial de emoções, é pura magia que suaviza a caminhada e faz a alma voar nas asas da fantasia...
Ah, minha poesia marginal, és meu alimento espiritual, és bálsamo
que nutre meus sonhos, enriqueces minha imaginação e acalentas
meu coração!