ELEVAÇÃO ESPIRITUAL! COMO SE DÁ?

Nada mais pesado que o ar levanta vôo sem ajuda mecânica como o avião e o helicóptero.

O balão para consegui-lo tem que ir soltando os sacos de areia. A asa delta e outros meios parecidos adaptam-se às correntezas do ar, que não vemos, mas sentimos, para se manterem flutuando no ar.

E porque na vida espiritual sempre foi usado este termo elevação?

Seria no mesmo processo das correntezas do ar?

A leveza do espírito o leva para regiões mais etéreas e elevadas onde imperam mais luminosidade e pureza, longe dos vícios e das vilanias que envolvem o globo terrestre e o em torno de matéria fina, não visível a nós enquanto vivendo na Terra.

Se soubermos nos adaptar às leis que regem a vida humana e a utilizarmos corretamente poderemos nos elevar quando partirmos, pois seremos mais leves.

Seremos como um balão que sem o peso do corpo e sem nenhumas outras amarras do mundo fino que envolve a materialidade, como vícios ou pendores que nos seguram no mundo fino, alcearemos vôos para planícies mais elevadas se assim também ansiarmos.

Os que sempre dedicaram algum tempo ao estudo da espiritualidade ao longo de milênios sempre usaram este termo “elevação” como resultado a ser colhido pela evolução interior.

Mas em todo velório todos se preocupam unicamente com a perda do parente ou amigo sem dar a mínima a que condição ele se passou para o outro lado onde vai continuar a sua existência.

Pelos erros, desvirtuamentos e interpretações errôneas propalados pelas religiões ao longo de milênios, em busca de influência e poder, a vida imediatamente após o morte virou uma incógnita e um campo onde se dão as mais estapafúrdias explicações sem nenhuma coerência para o homem que pensa e analisa.

Após milênios com inquisições e pessoas sendo atiradas em fogueiras; ameaças com excomunhões e punições arbitrárias de pecados por qualquer questionamento ou contrariedades aos dogmas, apagou-se, na maioria dos espíritos humanos o impulso, cortaram-se as asas, como numa ave presa por muito tempo, para a busca de esclarecimentos mais lógicos para o que ocorre após a morte ou para a continuação da vida após este desenlace.

Basta escutar a palavra do “religioso” e o baixar do caixão e já é dado por encerrado o assunto com relação ao futuro daquele que partiu e, do lado de cá, só fica a tristeza egoísta da perda. Egoísta, pois tem sua origem na ignorância.

Foi esta situação que as religiões em milênios de deturpações imantaram em cada um de nós, assumindo para elas estas responsabilidades (como se pudessem), de se preocuparem com a vida espiritual em nosso lugar, mantendo assim os “devotos” livres de qualquer questionamento sobre este assunto e sobre sua influência.

“Quanto menos perguntarem melhor, mas se forem perguntar, perguntem a nós, que te daremos a resposta mais adequada para você ficar calmo e tranqüilo e voltar a dormir sossegado, sem se incomodar.”

“Fica tranqüilo e em troca dá a nós o poder sobre a tua vida e tua morte e também parte dos teus bens”.

“Compre já a tua cadeira no céu” bradavam na idade média para alguns, e para outros: “Queime na fogueira, herege”, que não se sujeitou à nossa vontade, que não nos cedeu a tua filha virgem ou que fica ai pregando que a Terra é que vive circundando o Sol.

“Queima, herege, que quer saber mais do que nós e fica inquietando as almas do nosso rebanho.”

“Quem és tu Galileu Galilei. Quem és tu Nicolau Copérnico. Quem são vocês todos para virem se meter em nossos domínios ou criar preocupações aos nossos cordeiros?”

Termos chegado a esta condição, sem nada questionar, devemos muito a elas, às religiões, que procuraram sempre, nestas horas fúnebres, usarem palavras que agradassem aos presentes elogiando o falecido, como se dele tivessem tido convivência intima.

Quantas vezes foi um baita de um político corrupto e, ao invés de um religioso comum, vai a autoridade eclesiástica máxima da região, cheio de pompa, e ainda ficam dizendo que estes são os desígnios do Criador, como se todos, incluindo eles, não fossem morrer um dia.

Desígnios poder-se-ia, no máximo, dizer de um acontecimento isolado, mas não sobre a morte, da qual ninguém escapará, nem eles.

Não há morte e sim mudança de plano. Largamos um corpo de carne e osso, que nos foi útil por um tempo, e passamos, com isso, da matéria grosseira terrena para uma matéria mais fina onde manteremos todos os defeitos e qualidades que já tínhamos aqui.

O único conhecimento a mais que teremos, para horror de muitos, é que a vida simplesmente continua normalmente e que as “malas”, com tudo que fizeram, e que terão de carregar “sozinhos” (lá não há carregadores), estão bem ali, agrilhoadas aos seus pés para levá-los ao lugar merecido.

Lá são as “malas” que nos levam ao local devido e não o contrário.

Para muitos será como uma queda de avião para profundezas, incluindo uma boa parte dos religiosos.

Feliz de quem tiver ido só com uma valise.

Não nos tornaremos nem um milímetro melhor ou pior do que já somos aqui só porque morremos.

Santa e pecadora ignorância.
Apenas iremos, como no caso do balão para um lugar mais elevado ou não ou aos submundos dos vícios, ignorância e vilania.

Assim como aqui na Terra a total ignorância não leva ninguém a uma evolução social, lá também não levará ninguém à uma elevação espiritual.

E a maioria absoluta passa para lá cego, surdo e mudo sobre o que vai encontrar.

O ser humano, mesmo que aqui seja um erudito, que sai daqui totalmente ignorante sobre o mundo do além ficará lá entre estes iguais, ou seja, será tão ignorante como qualquer outro ignorante que aqui na Terra não tinha nenhum título nem nenhuma riqueza, pois o que passa para lá é um simples e despauperado espírito humano.

Os títulos terrenos, estes ficam aqui.

Não estaremos segurando na mão de Jesus, como falou o religioso no féretro da minha mãe, dizendo que àquela hora era isto que ela já estaria fazendo.

Sem nunca tê-la visto antes, sem nem saber se ela tinha sido uma pessoa boa ou não.
Ele era a última pessoa a falar alguma coisa ali, pois nunca nem a tinha visto e Jesus é do plano divino e nós do plano espiritual, bem abaixo na origem.

Perdeu uma boa oportunidade de ficar calado.

Não temos como chegar a até ele, mas sim até ao reino ou esfera de nossa origem, que é a espiritual e que fica nos degraus que vão dar no trono de Deus.

E como sabemos pelas leis da física (este Isaac Newton!!!) ninguém consegue ultrapassar a sua própria origem.

Este corpo que persiste após a morte a ciência nunca vai conseguir provar, embora já se esteja falando de universos paralelos, de matéria escura, que na ciência todos já sabem que existe, mas não conseguem provar.

Se ai fala-se sobre este segundo corpo que todos os seres e astros possuem eu não sei precisar, mas já há desconfianças na parte da ciência

E o que pode provocar este peso que será tão fundamental no lado de lá?

Consideremos que este corpo que já existia e que foi atraído para a matéria veio leve como uma pluma e vai adquirindo pesos que só aqui aderem a ele.

Chega à adolescência e este jovem se vê atraído pelo vicio de fumar.
A satisfação desta vontade só na matéria pode ser satisfeita e se até morrer não se livrar dela, mesmo sendo mais esclarecido, vai ficar preso por aqui, pois só na matéria este vicio pode ser satisfeito.

Ele continuará com a mesma vontade de satisfação como tinha aqui, não vai mudar nada, enquanto ele mesmo não o superar. Já criou um saco de areia.

Com a exposição excessiva do corpo feminino, tão usual nos dias de hoje, ele desenvolve um instinto anormal pela sexualidade e em alguns meios religiosos até a pedofilia e procura por todas as maneiras usufruir deste prazer.

Pronto, formaram-se mais um pendor que só na Terra pode ser satisfeito.

Vem a formação escolar e ele formado se volta á busca de melhores condições de vida, o que é normal, só que, na medida em que vai conseguindo esta independência, ele vai se tornando extremamente egoísta e materialista.

Desenvolve o impulso de acumular riqueza pela riqueza e acaba se envolvendo na vida política e nela não vê escrúpulos para levar vantagens.

O exercer do poder lhe dá satisfação e já não concebe mais viver sem este jogo de poder. Como se diz no meio, a política é uma cachaça, para muitos, e uma vez dentro não se vive mais sem ela. E ele foi fundo nela.

Todos estes hábitos foram adquiridos aqui e lhe dão imenso prazer e este “prazer qual vicio” acompanhá-lo-á por toda a vida até chegar ao derradeiro momento de transpasse para o além, para a matéria fina.

Terá “preso nos seus pés”, alem dos grilhões destes maus vícios e prazeres materiais escusos, também as culpas espirituais pelo males sociais que foi fazendo e que só aqui poderão ser resgatados ou remidos em outra oportunidade se ainda assim conseguir.

No lado de lá não tem riqueza, não tem poder, só uma alma cheia de malas.
E ele saiu carregado.

Pronto, está preso na matéria e pelo peso espiritual adquirido irá conviver com os seus iguais no mundo do além de matéria fina, ou seja, irá para uma região onde só haverá meliantes que urdiam as mesmas coisas que ele.

Não se poderia comparar aqui como se fosse uma penitenciaria da pior espécie, onde só há criminosos da pior espécie?

O “peso” adquirido durante a vida o levou, depois da morte, para o lugar onde só existem pessoas que curtem as mesmas vilezas torpes que ele aqui curtia e que por isso possuem as mesmas malas com o mesmo peso que a dele.

Lá não há como cometer injustiças, pois no degrau para onde eles vão só existem outras almas idênticas nas intenções.

O peso da “mala” dará o endereço para onde ele irá

E ele só sairá de lá quando, e se surgir, algum anseio ou, através do desespero surgir uma vontade de conviver com pessoas de melhor índole que os seus iguais, pois lá eles vivem se digladiando eternamente entre si, pois querem perenemente exercer os seus vícios em cima dos seus iguais que também fazem com ele da mesma forma.

Não é como aqui na terra onde pessoas de diversas índoles convivem umas com as outras e na mesma casa.

Então o termo Elevação vem daí.

Só se eleva quem está leve e tem anseio para conseguir isto.

E só é leve aquela pessoa cujos desejos não precisam da matéria para ser realizado, como o amor pelas pessoas, a bondade, o desejo de paz e felicidade, o amor pelo seu Criador e a busca de viver em sua proximidade e tantos outros.

Que não tenha nenhum grilhão de culpa que a prenda aqui e que, fundamentalmente, tenha dentro de si a vontade ou o desejo ardente de se aproximar da Luz, de se elevando se afastar de tudo aquilo que a pode prender nos baixios.

A vontade é fundamental, assim como aqui, para quem planeja sair de uma penitenciaria e viver uma vida honestamente.

Sem esta vontade de elevação espiritual ela pode até ter uma vida bastante digna aqui na Terra, ser um bom pai de família, mas sem este anseio de elevação espiritual ficará vagando de qualquer forma aqui “pela região” até chegar o derradeiro minuto, pois tudo que é matéria, não importa se fina ou não, tem o seu tempo de validade.

Se o anseio é fundamental para passarmos naquele concurso público, ou para conseguirmos aquela promoção, ou termos aquela compensação financeira, ou realizarmos aquele sonho tão almejado para sermos felizes aqui na Terra, do lado de lá também não será diferente.

Será fundamental também o anseio por conviver com espíritos de boa vontade, com espíritos mais esclarecidos e de boa índole para avançarmos para lugares mais luminosos onde só paire no convívio mutuo a paz e a felicidade eterna.

Para isto precisamos nos elevar e para nos elevarmos temos, nós mesmos, que desencadear uma ação que só nós podemos dar inicio e ninguém mais para irmos esvaziando as malas. Não adianta deixar para a última hora. As coisas não são tão simples.

E para isto não precisamos ser nenhuma sumidade intelectual, nem fazer nenhuma faculdade, nem nenhuma graduação, basta termos o anseio sincero no coração e a busca de esclarecimentos das leis simples e eternas que regem este Universo, as Leis do Criador, e que eu encontrei esclarecimento lendo a obra “Na Luz da Verdade” escrita pelo sábio alemão de codinome Abdruschin e do qual eu encerro esta com um pequeno trecho:

“A espécie das intuições avivadas o conduz para lá onde se acha a igual espécie, quer de nível mais alto ou mais baixo, até que esta, como a anterior, pouco a pouco se liberte pelo descostume e venha outra a se evidenciar, se porventura ainda exista.

Assim, com o tempo, realiza-se a purificação das numerosas escórias que ele levou para o Além. Acaso permanecerá detido em algum lugar por uma última intuição? Ou empobrecido de força intuitiva? Não! Porque quando finalmente as intuições inferiores, pouco a pouco, morrerem ou forem abandonadas, seguindo um rumo ascendente, desperta a saudade continua por coisas cada vez mais elevadas e puras, e está impele permanentemente para cima.”

"Não é o lugar em que nos encontramos nem as exterioridades que tornam as pessoas felizes; a felicidade provém do íntimo, daquilo que o ser humano sente dentro de sí mesmo' Roselis von Sass - graal.org.br