Quem não se comunica..II
Recentemente fiz uma viagem à Inglaterra, para visitar um sobrinho que reside numa pequena cidade próxima de Londres.
Como pouco precisaria utilizar o inglês, uma vez que seria assessorada por esse sobrinho, minha conversação nessa língua deixava muito a desejar.
Certa ocasião, reunimo-nos com um grupo de amigos dele, num dos famosos “Pubs” dessa cidade.
Fizemos nossos pedidos, começamos a comer e conversar alegremente, cada um sentando-se onde melhor lhe aprouvesse. Ao meu lado, restou uma cadeira vazia.
Como eu estava desacompanhada, logo começaram as brincadeiras, sugerindo que eu deveria encontrar um companheiro, algum amigo, etc e tal, inclusive com sugestões, apontando possíveis candidatos.
Para não parecer má companhia, deixei “rolar” a conversa, rindo e fazendo brincadeiras a respeito.
Quando a refeição já estava adiantada, chegou o namorado de uma das moças – que estava sentada do outro lado da grande mesa. E ele, obviamente, sentou-se na única cadeira vazia, isto é, ao meu lado...
Penalizada com a distância forçada entre os dois namorados, eu, tentando ser gentil, fui até a outra ponta da mesa e perguntei à moça, no meu inglês rudimentar “-Do you change with me?” e apontei a cadeira que eu deixara vazia.
A jovem, enrubescendo violentamente, olhava surpresa para mim e engasgava na resposta. Sua mãe, após algumas frases com a jovem, explicou-me a situação: A moça entendera que eu estava querendo propor a troca DO SEU NAMORADO e, certamente, não estava concordando!!!
Quando o caso ficou esclarecido, todos caímos numa sonora gargalhada.