LUCIANO HUCK

LUCIANO HUCK

Olá, Luciano! Faço parte de uma enorme fatia de telespectadores brasileiros, que tem o privilégio de ligar a televisão e, com pipocas ou sem pipocas, optar em assistir um programa capitaneado por você. A minha central de comandos, onde residem meus sentimentos agradáveis e os desagradáveis, já emite uma ordem ao meu esqueleto, seguida de um maldoso comentário: “apanhe o lenço, a boneca já vai desbundar! Sim, sei que com alguns minutos de programa, minha bolsa lacrimal vai dar sinal de vida. Vai indicar que meu reservatório de lágrimas não está padecendo de seca.

Não é muito fácil para um bisneto de bugre pelo lado paterno e neto de árabes pelo lado materno; um veterano, das guerras da vida, com 1,80 m, se aproximando dos sete ponto zero, com uma massa corpórea que faz a balança ranger quando inaliza os três dígitos; assistir um programa que não tem nada a ver com dramalhões mexicanos e ser flagrado por um filho ou neto, em plena sessão de lacrimejamento. Desagradável. Mas teu programa, Luciano, é um perfeito cisco em meus olhos. Um verdadeiro tsunami emocional. Acabo chorando sempre.

Pouco conheço sobre você. Sei que Angélica e você são bem casados. Sei que vocês possuem dois filhotes. Angélica conheço da telinha, desde que ela era muito jovem. Lembro-me bem que nessa época ela só tinha “pinta” de mulher. Era lindíssima. E com os meus devidos respeitos a você, continua linda. Hoje assisti este seu novo quadro. Tinha saído da sala, mas pude ouvir você mandando um beijo para sua mãe. Aliás, amanhã, dia 8 de maio, é o grande dia delas, as nossas santas mães. Fico pensando nas mães dos seus colegas de profissão. Será que quando elas assistem ao seu programa elas fazem comparações? Alguns filhotes, apresentadores de TV, chafurdam no lodaçal da apologia às mediocridades, aos maus hábitos, aos péssimos exemplos, e aos vícios.

Nosso país, não oferece uma política séria e competente para uma prevenção ao uso indevido ou abusivo de drogas. Mas possuímos “programas de TV”, que incitam de forma incisiva, nossa juventude a entrar no labirinto do fugaz prazer da drogadição. Programas que estimulam ao jovem ávido por sensações desafiadoras, alucinados em querer demonstrar suas overdoses de audácias, a aceitar a possibilidade de usar certas substâncias e ganhar a melhor “mina” da área; de tomar um litro de vodka e aceitar o desafio de um racha na madrugada.

Tua mãe deve se orgulhar muito de você.

No programa de hoje, chorei com o novo empreendedor Marcelino e o reencontro de mãe e filha, mineiras. Fiquei feliz ao imaginar os adolescentes que viram o teu programa. Marcelino tem toda a pinta de uma pessoa “limpa” e o exemplo não é a melhor maneira de convencer a alguém, é a única. A garra de Marcelino deverá encontrar muitos seguidores.

Luciano, em minha opinião, você está “MANDANDO BEM”. Parabéns!

Nosso Brasil, e as mães brasileiras, merecem, aplaudem, e se orgulham de filhos como você. Prossiga!

Luiz Celso de Matos é Técnico em Recuperação em Dependência Química.

E-mail: andrausdematos@yahoo.com.br

7/5/2011 21:48:48

Luiz Celso de Matos
Enviado por Luiz Celso de Matos em 16/05/2011
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