"Vagabundas" unidas

Chega a minha residência, mais um volume da revista "época", uma das muitas leituras assíduas, que estão em meus hábitos diários. Uma pequenina nota, já no início da mesma, chama-me logo a atenção.

Título bastante atrativo. "Vagabundas" unidas.

E não chamaria mesmo a atenção?

Impossível tal título passar despercebido por mim, ou por qualquer leitor que deitasse os olhos, mesmo que de relance por sobre a página em si.

O assunto trata-se de protestos inusitados nas ruas de Boston, nos Estados Unidos. A então "marcha das vagabundas", se deu pelo fato de um policial, sugerir a estudantes universitárias que evitassem vestir-se como vagabundas, para que assim as mesmas, diminuíssem as chances de serem vítimas de assédio sexual, ou outras tantas violências.

A manifestação quer chamar a atenção para o costume de responsabilizar a vítima, em casos de abuso ou estupro.

Não se julga o caráter de uma pessoa por sua vestimenta, mas, que a maneira como nos vestimos retrata sim, o nosso modo de ver e levar a nossa vida, isso é inquestionável. Realça muito o nosso estilo de vida,as roupas que usamos.

E eu particularmente concordo com o policial da questão em si. Hoje a mulher mostra-se muito ousada, muito chamativa. Evidencia uma liberalidade geral, onde a sua sexualidade é sobretudo muito exposta.

O modo provocante com que as mulheres saem a rua hoje, as coloca numa situação realmente de risco. Para qualquer ser do sexo oposto, uma visão insinuante e atrevida, já é um fator que desencadeia uma onda gigantesca de hormônios fervilhantes em seu corpo viríl, imaginemos então esses mesmos incontáveis neurônios no corpo de uma mente sem controle, de um psicopáta por exemplo, de um maníaco sexual... ou seja, de uma pessoa que é consumida por seus instintos animais desmedidos, sem auto controle... enfim numa mente doentia.

Não digo aqui que a responsabilidade é da vítima em si, não...contrário. Mas que a exagerada falta de pudor e decência, é sim, um fator que contribui e muito, para a ocorrência de atos abusivos e de máxima violência.

Nada justifica esses atos bárbaros de agressão, de violência, sobre qualquer ser humano; seja de ordem sexual ou não, mas certas vítimas provocam e atiçam esses pervertidos.

As mulheres precisam se resguardar mais. Proteger sua intimidade. A sensualidade, o charme, não tem nada a ver com a exibição de suas particularidades físicas íntimas. Jamais a pouca roupa no corpo, vai ser vista como sinal de beleza. A beleza esta no conjunto da obra em si. E toda obra tem segredos, que só quem a contempla atentamente por um longo tempo, é que irá descobrir. E aí esta a beleza dos segredos da vida.

As telas pintadas exageradamente, sem requinte, sem paixão, por puro prazer momentâneo, são logo estraviadas e esquecidas, ou mesmo destruídas, jogadas no lixo.

Quanto mais decoro tivermos, tanto mais beleza teremos e não seremos alvo de olhares frívolos, doentios, insanos e sem escrúpulos.

Devemos manter as nuances de nossas tonalidades vivas, firmes e lindas, aos olhos dos espectadores de olhares requintados e provenientes de um bem querer humanamente divino.