A rosa...

Certa vez, em um vilarejo, havia um jovem rapaz que tinha um jardim. Este, dedicou toda a sua juventude a ele, quando um dia; viu desabroxar por entre as petúnias uma linda rosa. Rosa como aquela jamais foi vista por ele. Suas pétalas, sua cor vermelha como sangue reluzente o deixara perplexo, tanto que após tocá-la passou a querê-la mais e a cuidar dela com todo o amor que tinha no peito.

Dedicou-se a rosa: Regava cinco vezes por dia, conversava com ela e observava nos minimos detalhes como a água deslizava de suas pétalas suaves como seda até chegar no caule espinhoso para então ser sorvida pelas suas raizes. Esquecera da tudo, das contas, do carro e tambem de si. Enquanto a magnânima de seu jardim estivesse ali, ele seria feliz.

O fato, é que um belo dia , tudo ficou diferente. Ao acordar ao lado de sua flor notou que as suas pétalas naviam perdido o brilho, e seu caule já não era tão firme o quanto parecia ser a um tempo atrás. Ele fez de tudo, adubou, deu água, porém de nada adiantou, sua linda rosa estava morta. Por dias e noites ele chorou; olhou para o céu e blasfemou todas as estrelas que brilhavam enquanto em seu peito só lhe restava dor. Na frente dele nada mais importava, apenas a flor já murcha ao chão era testemunha dos gritos e do choro daquele homem que lhe dedicou a vida. A flor se decompôs, e o homem observou a tudo a seu redor. E quando tudo acabou e sua linda rosa finalmente tinha partido, foi que realmente ele reparou mais em si. Seus cabelos estavam grandes, sua barba quase lhe cobria a face; suas roupas e seu corpo estavam em farrapos. O jardim, que outrora era lindo, com toda sorte de espécies de flores, agora jazia como um deserto, árido, seco.

Então o homem maltrapilho daquele vilarejo percebou que tudo foi em vão e que não vale a pena abrir mão de um jardim e de uma vida por uma simples rosa.

- Isso vale para as flores e os amores