CONSUMISMO

O consumismo e o modismo andam de mãos dadas. Desfilar com um automóvel do ano dá status e ostenta poderio econômico. Televisor, som, rádio e computador ficam obsoletos com poucos anos de uso. Trata-se de uma estratégia perversa do capitalismo. Daí existirem várias maneiras de incentivar o consumismo, dentre elas o modismo. Dizem que, há muitos anos um fabricante de chapéus estava falindo. Aproveitando a visita do presidente Getúlio Vargas, presenteou-o com um chapéu e o presidente desfilou em carro aberto usando-o. No outro dia o estoque esvaziou. O empresário saiu do vermelho. Conheço uma história de modismo, pitoresca. Passou-se numa cidade do interior de Minas, que prefiro não dizer o nome, pois minha mãe era deste lugar e era ela quem contava. Pois bem, o personagem da história era figurão da época, isso lá nos anos 40. Esse filho da terra ascendeu-se na política e chegou a deputado federal. Foi morar no Rio de Janeiro, Capital da República. Numa vinda à cidade natal, a esposa, ao cortar couve deu um corte no dedo indicador. Para ir à missa, amarrou uma fitinha vermelha no dedo ferido, com um bem feito e artesanal lacinho. No domingo seguinte, a surpresa: todas as senhoras e senhoritas estavam de fitinhas vermelhas no dedo indicador. Pensavam que era moda trazida da “Cidade Maravilhosa”. Hoje, quem dita a moda é a televisão.