O Poeta Assassino

Segue em sua choupana, o poeta assassino. Que caminha com ardores e desamores, pesando em encerrar mais um destino.

Sentado sob a mesa de sua casa, olha em volta, pensa, "uma garrafa de vinho, um pedaço de pão. Um revólver 8mm pra atirar em seu coração".

O poeta é assassino, assassino de suas palavras, de suas idéias, de seus ideiais. Seguirei nesse trajeto, interrompendo vidas, e através delas criando poesias.

O poeta é inescrúpuloso, é mal, e de suas veias, correm o sangue da vingança. Hoje ele planeja, acabar com sua amada, ao qual um dia a veria ao seu lado e ao lado de seus filhos... abandonaria a maldade que acerca seu corpo e sua mente. Impossível, ela o traiu, e o poeta assassino não perdoa traição.

Bebe sua garrafa de vinho, come seu pão, que o diabo amassou, pega um bloco de notas, uma caneta... e começa a escrever, aquela que será sua última poesia. Serão suas últimas palavras e pensamentos. Porque depois, não haverá pensamentos, haverá vingança, sangue, morte.

"Arrependimento é um sentimento que se nega ao meu ímpeto. Traição é um ato de coragem, mas um ato de morte. Escrevo versos com sorte, de que levarei todos comigo."

O poeta não estava inspirado, foi se embora de sua choupana, executar sua vingança, acabar com aquela, que um dia foi sua amada. Foi se embora o poeta assassino, para outra dimensão, com uma bala de 9mm alojada em seu coração.