Espuma do Mar

Em mais um belo entardecer no litoral do Paraná, apreciando o vai e vem das ondas - um pouco mais fortes nesta época do ano - crio na espuma a imagem de seu rosto. Suave, belo, inesquecível.

Junto à esta imagem, relembro de momentos marcantes que ainda estão em minha mente e, com certeza, serão indeléveis. O seu sorriso branco, que como disse em uma das muitas poesias que te dediquei, ilumina o branco; as suaves curvas de seu corpo esbelto; o desalinho de seus cabelos e o andar/correr elegante de uma gazela imponente.

Assim como as ondas que batem à praia à procura de um amor, eu fico a buscar no recôndito de minha alma, as mais loucas aventuras que vivemos, onde a paixão passava dos limites e nossa entrega era total e absoluta. Dias de puro êxtase!

Por tanto e tão pouco tempo, nós conseguimos viver aquilo que os mortais chamam de amor, mas que nós dois sentíamos apenas que era uma louca e desvairada paixão. Uma paixão arrebatadora, sem os medos decorrentes de duas pessoas que se atraem. Uma paixão limpa e cristalina.

Tudo isso vejo nas ondas do mar, que estão indo embora e levando com elas, essas doces e selvagens recordações. Sem problema, pois amanhã eu volto e as ondas também voltarão trazendo na espuma seu lindo rosto e a lembrança de nossa louca paixão!

José Aresta
Enviado por José Aresta em 10/06/2011
Reeditado em 05/08/2011
Código do texto: T3026558
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