UM PEREGRINO PEDIU UM POUSO

MOR

Numa pequena localidade, em que uma única estrada ligava o município a um distrito e no meio ficava a casa de Dona Luiza, era uma senhora muito bondosa que socorria a todos que passavam por aquela localidade.

A sua casa era de madeira e simples de toda a que residiu naquela localidade seu esposo tinha construído três casas e neste ele tinha um pequeno comércio de Secos e Molhado era um mini-mercado daquele tempo a mais de setenta anos.

Em sua casa sempre tinha uma mesa farta de comida, e quem chegasse na hora do almoço ou de qualquer refeição ela sempre alimentava as pessoas sem cobrar nada.

Ela tinha sua família composta de oito pessoas, e sempre falava onde no momento do almoço come oito pessoas come até dez pessoas, ninguém deve passar fome quando passa por aqui.

E assim acontecia quando passasse qualquer pessoa no anoitecer viajando ela os acolhia e sempre tinha um cômodo para a pessoa dormir em sua casa.

Era num entardecer do inicio de outono, nesse tempo naquela localidade já fazia frio, no anoitecer chega um velhinho barbudo e pede a ela um lugar para ficar agasalhado naquela noite que comprava dos colonos da região, que podia ser num galpão rústico, como aquele que seu esposo tinha para guardar mantimento.

Dona Luiza falou o senhor vai dormir

Num quarto em minha casa que tenho para hospedar pessoas que passam por aqui e vai comer conosco em nossa mesa e depois vai dormir em lugar adequado não aqui neste galpão, quase ao relento.

O peregrino não aceitou nenhuma das propostas daquela bondosa senhora e insistiu em ficar naquele velho galpão.

Dona Luiza foi até a cozinha preparou um café quente com pão e doce queijinho e levou até o galpão e saciou a fome do mesmo e ainda levou uma coberta para que ele não passasse frio naquela noite, já com prenúncio de inverno.

À noite no momento do jantar ela comentou o fato com seus familiares, reunido em torno da mesa, o que tinha acontecido com aquele peregrino, que estava dormindo lá no galpão, mas ninguém foi lá incomodá-lo.

A noite comentou com seu marido e disse a ele este fato é muito estranho, será porque ele não quis dormir aqui no quarto que ofereci bem acomodado e quis ficar lá no galpão, seu marido respondeu certamente ele não quis incomodá-la.

No dia seguinte bem cedo como era costume Dona Luiza levantou preparou o café para toda a família, bem como preparou numa bandeja o café e foi levar até o galpão para o referido peregrino, e lá chegando o mesmo não estava mais por lá, logo ela ficou a imaginar mil e uma coisas em torno daquele peregrino que desapareceu misteriosamente.

Durante aquela semana a bondosa senhora pesquisou com os vários moradores que passou pela venda se alguém viu aquele personagem pela estrada andando naquela tarde do dia mencionado por ela e nada ninguém informava e lá ficava a pensar quem era mesmo aquele personagem, o que ele queria dizer ou que noticia estaria trazendo quando por ali pernoitou e nunca Dona Luiza encontrou resposta ao seu questionamento, até pensava será que ele veio aqui testar a minha bondade em atender bem as pessoas, tudo perdurou por cinqüenta anos em sua mente até o dia de sua morte.

São José/SC, 12 de junho de 2011.

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Asor
Enviado por Asor em 12/06/2011
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