Lágrimas Ocultas.

Demóstes se levante e vai-lentamente-saindo do seu escuro quarto,

cujo chão está repleto de lágrimas dele,inspira fundo e sai.Abre a sua porta,a luz o resplandece,agora é outro,vê sua mulher e vai alegre-

mente até ela,que anda um pouco triste devido à morte de seu cachorrinho.

- Amor,nada de pensar na morte do toby,ouviu?!Quero você bem e alegre,nada de choro,aliás,não falamos disso!

Ele,então,vai até à mesa tomar o café,já estava seu filho,o jovem cardiologista Daniel,este estava um pouco triste,uma rosto abatido,ape

nas bebia suco.Olhou para seu pai e pisca para ele.

-Daniel,por que estás tão abatido?Brigas com o amor?!Isso é normal, filho,depois vocês reatam,vocês jovens brigam por qualquer coisa.Disse

o pai comendo uma fatia de pão.Logo após um[curto]período de silêncio,o jovem confessa em lágrimas.

-É que ontem,pai,uma vida foi perdida em minhas mãos,não consigo me perdoar!Foi a primeira vez que isso aconteceu,se eu tivesse feito...O pai o iterrompe

-Filho,não deves se culpar,afinal essas coisas acontecem,não foi culpa sua,deixa te dizer algo:pobre é o homem que vive a chorar.Por isso,vamos,ânimo!

Demóstenes abraça seu filho,pega sua mala e sai.Antes de abrir a porta,sua mulher o lembra de que a consulta de Beatriz já estava quase na hora.ele a beija e vai.Agora,no seu grande consultório de terapia,era um grande psicólogo com especializações em problemas depressivos.Sentado em sua cadeira,alguém bate na porta,era Beatriz,

ele estava pronto para animá-la com suas palavras.Ela entra,senta e diz

-Sr Demóstenes,eu não quero mais viver!O meu coração não pulsa o ânimo da vida, choro sempre às ocultas para não revelar minha fraque-

za,meu marido sempre também está triste e mais a agora com a morte do nosso cachorrinho,e meu filho;que é cardiologista,está em crise :acabou de perder uma vida.Eu tenho tocado em frente,mas lá no fundo sou vazia,triste.Sou um ser ínfimo,na verdade,lágrimas ocultas,

por isso marquei esta consulta,sei que você pode me ajudar!Em choro

Os dois ficam em silêncio,ele a observa profundamente.

-Não deixes de viver por isso,mostre a vida que você é mais vida do que ela.nada de choro...Vamos,ânimo!Afinal,há tantas coisas belas na

vida,não há motivos pra choros(...)E assim continuou seu discurso,quando viram já era bem noite,Beatriz sai muito feliz e revigo-

rado,e Demóstenes volta à sua casa,que agora está tão silenciosa,e escura,ele vai até o quarto do filho que dorme,entra,observa-o e sai,em direção ao quarto em que estava sua mulher,entra,beija-lhe o rosto e vai.Agora para aquele quarto tão escuro,tão vazio!Abre a porta-o chão está enxuto - expira...deita-se no chão e começa a chorar silenciosamente,até que se torna demasiado.Chora,parecendo derramar todas as suas lágrimas,na verdade ele derramava sua

alma sofrida em forma de lágrimas.Porque Demóstenes era lágrimas ocultas.

PALAVRA DO AUTOR

***Oi,minha intenção foi a de criar uma personagem paradoxal(depressiva e animadora),a fim de revelar,que - por vezes- somos muitos Demóstenes,pois a vida nos obriga.Mas,o mais importante,que desejo passar nessa crônica,é que

mesmo tristes,há pessoas na mesma condições que a nossa,por isso

devemos sempre animar o outrem,sei que haverá leitores que serão lidos por essa crônica.valeu.

WandresonRocha
Enviado por WandresonRocha em 22/06/2011
Reeditado em 09/06/2012
Código do texto: T3050812
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