Continuarei...

A vida nos reserva diversos caminhos, que barrados pelas veredas acreditamos não superá-los, porém são de pessoas fortes, valentes, determinadas que a sociedade necessita.

Não vou parar de escrever, nem que para isso demore alguns dias, alguns meses até que saia a primeira linha;

Não vou parar de escrever, pois tenho pessoas que me lêem e querem ver os meus textos expostos, prontos para serem criticados, exaltados como fontes de inspiração a outrem;

Não vou parar de escrever, pois o meu sonho sempre foi o de ser escritor, brilhar nas páginas dos jornais mais famosos do País, ter os meus livros perambulando pelas bienais do Brasil.

Não vou parar de escrever, pois a minha meta é fazer com que meus discentes escrevam, portanto é necessário que seu mestre também escreva;

Não vou parar de escrever, pois é dessa forma que minha filha terá gosto pela escrita e tal atitude já desponta numa menina de três anos. Pede lápis, papel e segue em frente, traçando as primeiras linhas e contando as suas próprias histórias;

Não vou parar de escrever, pois completarei este ano dezessete anos ininterruptos rabiscando para jornais. O meu primeiro artigo nasceu em 1994, numa viagem que fiz à Capital de São Paulo e lá pude observar as belezas que aquela selva de pedras me reservava. São Paulo me fascinou, aguçou minha imaginação e depois daquele artigo foram centenas sobre a cidade todas as vezes que para lá me destinava. Mercadão Público e sua exuberância e um corpo estendido naquele chão da Praça da Sé são marcas que não se apagam. São Paulo minha cidade, urbanidade do mundo, concreto de poesia;

Não vou parar de escrever, pois o dia é longo, cheio de problemas, felicidade a vista e não pode deixar de ser descrito e meus punhos seguram forte a caneta que rascunha meus primeiros traços, escreverei;

Não vou parar de escrever, pois tenho que relatar a saudade, o sonho, a tragédia, a humilhação, o descaso, a preocupação, a solução, enfim não vou parar de escrever.

Enquanto estiverem leitores permanecerei escrevendo, nem que para isto tenha que me doar abundantemente como já faço.

Sergio Santanna
Enviado por Sergio Santanna em 25/06/2011
Código do texto: T3056923
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