A VERDADEIRA VIRTUDE

Sabemos e é notório, que o ser humano é dotado de defeitos e virtudes. É bem verdade que, de um modo geral, as virtudes superam os defeitos. Não fosse assim, seria um caos a convivência entre os humanos. O sentimento fraterno e solidário se enfraqueceria, dando lugar a crescentes desentendimentos.

As experiências do cotidiano, no que diz respeito ao relacionamento com os nossos semelhantes comprovam que, primordialmente, todo e qualquer desajuste de harmonia é proveniente da falta de uma análise mais ampla da situação. Comumente, aos sermos contrariados, simplesmente tratamos de agilizar o revide e isso fatalmente resulta em conseqüências quase sempre desastrosas.

É natural que fiquemos raivosos em determinadas ocasiões, e é óbvio também, que em certos momentos, só mesmo uma pessoa possuidora de extrema sapiência e apurada educação consegue absorver os fatos serenamente, evitando o agravamento da situação.

Entretanto, dentro das nossas limitações, podemos com certa dose de compreensão, pelo menos pensar um pouco mais, antes de proferirmos palavras ásperas ou tomarmos atitudes de revanchismo. A atitude pausada pode até não levar à sensatez desejada, mas abrandará e até mesmo poderá por fim ao entrave.

Se analisarmos sob todos os ângulos, com o coração inerme, quaisquer casos de desentendimentos veremos que não há um vencedor. Todos perdem. Isso porque, quem pensa estar com a razão, foi no mínimo infeliz, por não ter tido a sorte de evitar a situação, ou por estar no local em hora inadequada.

No momento atual de tão acelerado desenvolvimento, a humanidade não marcha no mesmo diapasão no sentido da fraternidade e da solidariedade humana, e isso urge que sejamos mais complacentes, que devemos procurar conviver com as pessoas harmoniosamente, olhando apenas para os seus predicados, distante de preconceitos e do desejo de impor sentenças morais, mesmo porque, tais axiomas serão em vão tendo em vista que as pessoas só mudam e se valorizam por vontade própria.

Lembremos que a verdadeira virtude está em convivermos com as diferenças, sem perdermos a compostura. Tomemos como exemplo as belas rosas, que crescem e brilham veludíneas e perfumadas mesmo entre seus abrolhos.

Antenor Rosalino
Enviado por Antenor Rosalino em 02/07/2011
Reeditado em 18/07/2011
Código do texto: T3070555
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