Realidade Soletrada

Palavra do autor:Estou muito feliz por ter esse''tempo livre'' ,pois os úl-

tmimos dias têm sido muito cansativos:rotina de pré-vesibulando!Boa leitura!Ok?!GOSTARIA DE QUE LESSE OUTRO MEU TEXTO:PERSONAGENTES,OK.

Era noite.Edine caminha em direção à sala para descansar e ler o jornaldo dia como,aliás,sempre fazia.Já havia lavado uma pilha de pratos,as mãos ainda estavam meio molhadas,ela,então,as enxuga na saia,senta numa cadeira que havia lá,pega firmemente aquele jornal que estava em cima de uma mesinha de vidro.Tinha um hábito diferente:não lia a primeira página,em especial as manchetes, do jornal de início como a maioria das passeoas fazem.Suas mãos corriam logo para apágina de Gastronomia,era sua paixão;havia nela uma receita com pratosfranceses que ela lia impolgada.De repente,seu filho toca no joelho dela,Edine abaixa a cabeça e tira o jornal do rosto.

-Mãe,deixa eu ler como você?!Vai?!Pede a criança com um ar de curiosidade,sua mãe,porém,disse-lhe que só depois.

-Arthur,mal você começou a soletrar!Você deve ler um outro livro,não

vais entender nada desse daqui!

-Deixa,mãe,só quero ler qualquer parte desse papel que você está lendo,que,afinal,como isso se chama?

-É um jornal,filho,toma essa primeira página,agora ler e deixa sua mãe ler esta receita aqui pra depois eu fazer pro papai.

A criança senta em cima do tapete,abre bem os olhos,e começa a soletrar baixinho as grandes letras da manchete que havia lhe chamado

a atenção.Esperava desvendar o mundo belo das letras...

-Pa-i ma-ta pró-prio fi-lho com ti-ros na ca-be-ça.Hã! Meu Deus,mãe!Isso daqui é verdade?!Mãe,vê essa 'coisa' aqui que eu li!Lê,

mãe!A mãe ler,fica um tempo em silêncio, e diz camaleando

-Filho...é...infelizmente existem pessoas que...que não têm muito a-

mor lá no fundo do...coração,por isso...A criança a interrompe séria.

-E o pai?Pergunta-lhe isso frente a frente com ela.

-E seu pai o quê,filho?!Pergunta sem entender o filho.

-Quem me garante que lá no fundo do coração ele...também não tenha...amor!Mãe...não sei..acho que estou assustado!

-Filho,não!Não quero que fique assim,nós te amamos muito,e aliás,essas 'coisas',quer dizer, essas histórias que lemos são poucas,pode ficar sossegado,filho.Elas quase nunca acontecem.

A mãe dá um abraço forte no filho,que deixa cair uma lágrima inócua.

Os dois,agora,estão no sofá,em frente à televisão,Edine se levanta e

diz.

-Filho,vamos assistir a algum filme legal que,talvez,esteja passando?!

Vou preparar a pipoca!O filho dá um sorriso discreto,a mãe liga a tv,ainda não tinha começado o filme,era o Telejornal:''Pai abusa sexualmente de seu filho e depois o espanca até à morte!(...).

WandresonRocha
Enviado por WandresonRocha em 08/07/2011
Reeditado em 08/07/2011
Código do texto: T3083152
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