Sade

Existem ene formas de se proporcionar prazeres indescritíveis. Viagens ao redor do mundo nos permite infinitas descobertas, curiosidades que não ousávamos supor e relatos sem limites, para contar em rodadas de amigos.

Rodadas de amigos também marcam momentos inesquecíveis, dos quais nunca nos esqueceremos; relatos que transmitiremos a gerações posteriores.

O primeiro encontro; o primeiro Sonho de Valsa; o primeiro beijo; a primeira transa; o primeiro cigarro; o primeiro porre; quantos primeiros se somam, para que venham a se transformarem nas últimas recordações que teremos em nossas vidas.

Pare para imaginar o que uma bolada da Sena lhe traria de prazeres incontáveis, a serem realizados de imediatos, sem que o custo possa vir a cercear a materialização dos sonhos que carrega consigo, sem que saiba se um dia virá vivenciá-los na prática.

Como um sonhador contumaz, e sempre premido pela exigüidade financeira, passei a imaginar quais os prazeres mais vibrantes eu procuraria realizar sendo um premiado pela Sena: mulheres eu teria como séquito e parceiras; carros teria como frota; hotéis luxuosos teria como acampamento; o Mediterrâneo eu o teria como “Mare Mio”

Com o Messi e outro artista da bola eu transformaria o meu time do coração no meu time de todos os órgãos, meus filhos e netos freqüentariam o Louvre e se matriculariam em Sorbonne e velejariam pelo Caribe, bebendo Blood Mary.

Numa postura quase que tomista, que aproximou a Fé (crença) da Razão (ciência), passei a sonhar como professor que sou, qual o prazer que mais realiza as pessoas, com as quais convivemos, e cheguei à seguinte ilação: se eu ganhar na Sena vou adquirir um casal de professores, como patrimônio pessoal e passarei a torturá-los.

Por mais estranho que possa parecer, esta prática, tortura de professores, deve trazer sensações inomináveis. Nós do magistério assistimos a secretarias estatais; diretorias de ensino; supervisores; diretores e coordenadores alcançando o clímax torturando professores; prazeres indescritíveis são alcançados com professores sendo maltratados, mal remunerados, tripudiados e vergando-se sob a cólera daqueles que também são professores, mas cobertos pela toga.

Presunção me leva a crer que torturar professores deve nos levar ao ápice do encanto, tantos são os exemplos a que temos assistido.

Professores bafejados pelo benefício da Sena usufruam ao máximo o que o poder pode lhes proporcionar: torture um professor e.....um brinde a Sade

Roberto Chaim
Enviado por Roberto Chaim em 14/07/2011
Reeditado em 14/07/2011
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