A CULPA FOI DO CAMPO?!

Quem acompanha meus textos conhece a minha predileção por verso e rima. Vez ou outra me aventuro em linhas estranhas aos citados elementos, como no presente escrito.
Sem mais delongas, vamos ao que interessa.
Já fiz alguns versos sobre o episódio aqui abordado e não pretendia falar mais disso.
Resolvi escrever esta crônica, contudo, depois de tanto ouvir o técnico da Seleção Brasileira, Mano Menezes, e alguns de seus comandados - sobretudo os protagonistas da recente "façanha" - culparem o gramado pelo vergonhoso papel cumprido em terras argentinas. Refiro-me às quartas-de-final da Copa América/2011, em que a vaga disputada contra o Paraguai foi decidida em tiros livres diretos, após empate sem gols no tempo normal e na prorrogação.
Dois chutes foram parar nas nuvens, um foi defendido pelo arqueiro paraguaio (que não aparentou ser falsificado) e outro saiu à sua direita. Sem dúvidas, uma mancha na rica e vencedora trajetória do futebol nacional.
Ora bolas (fora???), se o piso era ruim, assim era para as duas equipes. Os paraguaios, entretanto, converteram duas cobranças na tormentosa sequência. Ademais, tratava-se de bola parada, fato que deveria mitigar eventual prejuízo aos bem (?) treinados batedores.
Não se pode desprezar, é verdade, a condição psicológica de cada um, o grau de segurança, a tensão e ingredientes congêneres, mas conheço peladeiro que faz gols maravilhosos em campos mais esburacados do que o solo lunar. E de pênalti, então...
Eleger o gramado (ou areal, conforme queiram) como vilão da história foi, no mínimo, risível.
Menos Mano, menos...