Amor, SEXO, homem, MULHER

Ao mesmo tempo tão individuais e com pontos tão em comum. O amor e o sexo, o homem e a mulher são fontes de minhas inspirações e de perguntas que nunca encontrei as respostas. Entretanto, encontrei os sentidos, e a eles, não devo resposta alguma.

O amor, fonte de tantos escritos e indagações está um tanto perdido nos relacionamentos, as pessoas mal se olham, o que dirá parar para pensar o que estão fazendo com o amor delas e com o amor que acham que estão passando para alguém. Aliás, qual o sentido que damos à palavra amor?

O sexo, o que dizer do sexo? Sim, é ótimo, faz bem para a pele, para saúde e blá blá blá. O sexo tornou-se objeto de consumo, de valor, de venda, de vantagem, e a partir daí, onde entra o amor?

O corpo perfeito, a bunda durinha, os seios empinados, o silicone, o implante capilar, uma costela a menos e uma cintura fininha. Novamente o apelo visual e sexual. O sexo está defasado, por que se separou do amor. O amor está apagado porque não é mais o papel principal, não nos amamos mais e não fazemos mais por amor.

Pergunto, o amor e o sexo são sentimentos distintos?

Amor e sexo andam juntos?

Sexo é só gozar? “Sexo é uma arte, gozar faz parte”?

Amor é amor, sexo é sexo?

Se o tesão acaba o relacionamento acaba também?

Se sim, então o que chamamos de relacionamento afetivo, é amizade, amigos não transam (eu acho), logo, sexo é sexo e amor é fruto poético e ilusionista.

Essas questões sempre me fizeram parar para pensar. Casamentos acabam porque o sexo e o tesão acabou, a vontade de beijar loucamente a boca daquela pessoa que convive com você por 5,10 ou 20 anos não existe mais, a vontade de sentir a adrenalina pulsar nas veias do seu pescoço também cessaram porque transar escondido dos seus pais já perdeu a graça, porque aquela empolgação dos 18 anos se apagou e o velho feijão com arroz enjoou. Alguns fatores implicam para essa realidade. O trabalho, a rotina, os filhos, as desculpas, os esquecimentos, os cansaços, o relaxo, o descuido um com o outro. Cuidar, esse é o desafio de relacionamentos abalados e prestar atenção no outro é não perder o tesão e o amor.

As mulheres fazem amor, elas falam de amor, elas sonham com o amor e elas buscam o amor como quem busca a felicidade eterna. Alguém já encontrou a felicidade eterna? Ela não existe, porque não vivemos momentos plenos de felicidade constantemente. Mas o “fazer amor” torna-se lindo quando geramos outro amor dentro de nós, e nós mulheres sabemos o que isso significa, porque nesse momento temos certeza de que fizemos amor.

Sexo é tesão, é química, é prazer, é gozar, é euforia, é alívio, é delírio. O amor está nas poesias, porém, restam-me dúvidas que intimidade é sucessora do amor e intermédio do sexo.

O homem nessa história complicada é o canalha, o comedor, o galinha, o safado, picareta e tarado. Mas ainda é quem compra serviços sentimentais pagos por hora e a mulher é sustentadora de uma escravidão sentimental de si própria, pois essa, certamente do amor não conhece.

E o amor que eu conheço, é só aquele que eu sinto, e o único que saberei que é verdadeiro. Esses 4 elementos, amor, sexo, homem e mulher, andam próximos, bem próximos, mais ainda passam longe de serem cúmplices um do outro.

Se de nada adiantou, o desejo sempre existirá, a curiosidade permanecerá para aguçar, o amor só para encantar, o homem para frustrar, a mulher para sonhar e o sexo para desfrutar.

Divirta-se.

Talita Palmieri
Enviado por Talita Palmieri em 06/12/2006
Código do texto: T311342
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