O agreste e suas flores

Quando caiu minha primeira dentição literária foi o meu batismo, na adolescência a dança das palavras teve algumas evasões, algumas traições que consolidou minha paixão e transformou-se num sólido casamento com meu gueto.

Pois, por mais que eu tento evadir não consigo, isto porque em meu universo tenho que conviver numa tribo onde o homem e a fome do saber são eternos amigos, onde o mais fraco dos alunos, considerado retardado que tem perseverança e conclui a faculdade iguala-se aos “gênios”.

O amor dura apenas trinta dias, mas é o bastante para criar laços e criar bebês! Já que não tenho seus carinhos, o violão fez no meu peito o seu ninho e sua voz permeia, norteia meus ouvidos. Já que não tenho você em minhas mãos gravei tudo bem guardado em meu coração.

De nada adianta revolta, não a lagrimas que traga de volta o que antes era só alegria. Folhas caídas, folhas vencidas, o que fora belo agora pisadas, mas aqui na terra todo show tem prazo de validade. Esta avassaladora dor! Mas a melhor morte é a morte por amor? Este rio de gente, um sonho em cada mente, esta gente do rio, onde vão lavar suas roupas e dar de beber a seus animais.

E quando as artes do menestrel saiu da Europa para visitar o nordeste e encontrou com o “poeta” do cordel e do agreste “Leandro Gomes de Barros” o nordestino recebe sua voz. Um homem de pedra que levou uma queda e “ainda não caiu” e nem se quebrou. Visitado pelo fracasso, mas ele carrega em seus braços um morto, que ainda não morreu! Dizendo: não sei como consigo sorrir, quando a morte me faz cócegas com um caixão.