Decepando as Ações

Ao longo da vida, participamos de círculos sociais, grupos, tribos, comunidades, etc... é natural que seja assim. O homem, nescessita da comunicação para a socialização. Somos movimento, pensamentos, ações. E para que isso aconteça norteamos nossa vida, diante do que nos foi passado na mais tenra infancia, ainda no meio familiar, diante do que apreendemos nos bancos escolares e nos pátios recreativos, ou até mesmo e por muitas vezes nas ruas, na observancia do outro. E ainda assim, observar, apreender, não significa criar maturidade ou experiencia, para que sejamos poupados das decepções.Ela, a decepção, vez ou outra surge, provocada na maioria das vezes por nós mesmos, pois, a decepção nada mais é do que " acabar com a ilusão ou encantamento que se cria por uma pessoa ou alguma coisa. Experiencia frustrada!"

E assim, acontece a tão falada decepção! E na hora da dor, da frustação, culminamos em culpar o outro, quando na verdade, somos nós os culpados por essa frustração, por essa decepção.

Elegemos, por experimento, por afinidade tênue, por nescessidades, com quem relacionamos, e alí depositamos incontinente nossas esperanças de fidelidade, amor eterno, submissão, liderança, proventos, toda a sorte de querer, desde que seja do nosso jeito, como desenhamos, como sonhamos, como dirigimos. Esquecemos por vezes, que o outro tambem pensa assim. Tambem, quer,mesmo que inconcientemente, ou nem tanto, sugar nossa energia, sorver de nossa fidelidade,ser a nossa felicidade em troca da liderança. e por aí vai.Bradamos então ao mundo, para que ele se apiede de nós, que sofremos essa decepção! Gritamos bem alto: Como me decepcionei com fulano! E a partir daí, desejamos que o "fulano", seja então promovido a vilão, e então passamos à vítima, sofrida e correta. sim, sempre correta, pois, à simples exclamação: " Me decepcionei com fulano", é o bastante, sem ser nescessária a defesa do dito fulano. Afinal a decepção, não precisa de desculpas, nem argumentos.É apenas uma experiencia frustrada.Esquecemos que fomos nós que atribuimos valores à esse "fulano", que o elegemos, priorizando nossos proprios valores em detrimento do outro.

Portanto, falar de decepção, é tarefa um tanto difícil, quando observamos apenas as nossa próprias condutas.

Se observarmos com imparcialidade, se possível nesse aspecto, perceberemos que nos decepcionamos quase que diariamente, e em todos os setores de nossas vidas.E todas essas "experiencias frustradas", recaem fortemente no ambito religioso, onde, depositamos todas as nossas esperanças de salvação, paz, prosperidade, esquecendo-nos, que não existe religião, sem que exista uma comunidade religiosa, e na totalidade, sacerdotes, pastores, líderes, e acima de tudo hierarquia. Hierarquia essa, por vezes contestada, mas, para o bem da tranquilidade e ascenção religiosa, aceita-se momentaneamente. Esperamos com ardor, que a religião através de seus representantes faça de nós, seres quase sperfeitos, como achamos que somos, e portanto, desejamos mútuamente que os membros e adeptos tambem o sejam.Aí acontece que na primeira "experiencia", chega a frustação e com ela a famigerada decepção. Há, por vezes, quem se decepcione até mesmos com os seus Deuses antes declarados vivos, perfeitos, verdadeiros, e por não entregar-lhes a graça pedida, tornam-se alvos das decepções.

A decepção dói, mas somente ao decepcionado, pois, com certeza, o decepcionante, se encontrará mútuamente decepcionado. E sofrem todos!

Lí, em algum lugar, duas frases interessantes sobre a decepção:

* NÃO É RECOMENDÁVEL SOFRER PELO O QUE CAUSAMOS A NÓS MESMOS".

* A DOR É INEVITÁVEL, MAS O SOFRIMENTO É OPCIONAL"