Todo mundo é igual, em parte

Ao chegar do meu trabalho, no bar de um amigo, o qual estava sentado numa cadeira e, duas pessoas, à frente em pé; João, um comerciante, e outra que não conhecia. Aquele dizia que todo mundo é igual e ninguém é melhor. O homem mais rico da cidade é Pezão, mas não é melhor do que eu ou você e do que ninguém. Já foi a época em que era assim. Hoje a pessoa que tem crédito, compra aqui e em qualquer lugar. É igual em um banco, faz um empréstimo de mil, pagando direitinho, depois faz de mais.

Isso chamou a atenção, pois, às vezes, existem pessoas que se acham melhores, sejam pelo que têm ou pela profissão, pelo título e, alguns trechos de conversas que lemos, nos prendem à curiosidade. O João é comerciante, por isso é interessante perceber o critério que utiliza para classificar as pessoas em iguais, o crédito e, isso significa ter dinheiro; ter um emprego.

Será que minha dedução está certa!? Todo mundo é igual, do ponto de vista do crédito e, quem não tem crédito será que é igual? Como disse antes, não ter crédito, pode ser que a pessoa não tenha um emprego.

Em seguida a nossa personagem, João, falou que os caloteiros não vão à frente e, contou-nos que certa vez, uma pessoa foi à sua loja, comprou um objeto e não pagou. Ele falou “você já enriqueceu?” ironicamente.

Todo mundo é igual, o comerciante estava certo, quem tem crédito. Numa lógica capitalista é assim. Quem sabe seu enunciado ficaria melhor assim – todo mundo é igual, em parte, quem tem crédito. É uma ideologia própria do capitalismo – todo mundo é igual, em parte, quem tem dinheiro. Mas, e os caloteiros? Será que enriquecem? Ironicamente e, segundo, o comerciante “eu nunca vi um caloteiro ir à frente, pergunto a você, conhece algum”?

Zenilton
Enviado por Zenilton em 03/08/2011
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