Rio
Esther Ribeiro Gomes
Outro dia fui assistir ao filme ‘Rio’, fiquei encantada e o recomendo
a todas as idades!
O diretor é o brasileiro Carlos Saldanha e conta a história de uma ararinha azul que volta ao Rio de janeiro para acasalar, pois a espécie está em extinção.
Além de mostrar as belezas do nosso Rio de Janeiro, (está fazendo um grande sucesso no mundo inteiro e nos enche de orgulho), mostra a gravidade e as nefastas consequências desse odioso tráfico de aves silvestres que causa a extinção de muitas espécies.
Recebo todos os dias a visita de vários passarinhos em meu jardim
e costumo observá-los com frequência.
É divertido ver como brigam pela água doce dos bebedouros e pelas frutas que ponho entre as árvores...
Eles levantam as asinhas e os mais persistentes sempre acabam ganhando, embora tenha água e fruta para todos.
Ontem, quando retirei os bebedouros para higienização, vários passarinhos abriam as asinhas em frente à janela da cozinha e pousavam na grade olhando para mim como a dizer:
‘Vai demorar muito essa água?’
Nunca me esqueço do dia em que mudei do meu apartamento para
uma casa que tem mais espaço, pois gosto de plantas e cachorros.
Esse apartamento ficava em frente à mata que era repleta de árvores
e muita vegetação.
Todos os dias muitos beija-flores vinham beber água doce dos bebedouros que eu colocava no terraço.
No dia da mudança, uma cena ficou gravada para sempre em minha memória: quando estávamos saindo, voltei para ver se não tinha esquecido nada e vi vários beija-flores na porta de vidro do terraço, batendo as asinhas no ar e olhando fixamente para mim como que se despedindo...
Eles sabiam que não teriam mais a água docinha para beber.
Saí de lá com os olhos marejados de lágrimas!
Não entendo como existem pessoas que gostam de ter aves presas em gaiolas, elas nasceram para ser livres, basta atraí-las com água e frutas que sempre virão nos visitar!
Meu querido poeta Mario Quintana disse lindamente:
‘Em vez de correr atrás das borboletas, enfeite seu jardim que elas virão até você!’