Quero meus "Blueberry's"!!!!

Sabe aqueles dias que você acorda e acha que vai ser ótimo, e no final do dia você pensa..."não devia ter levantado da cama"?

Sábado tive um dia desses.

Sou uma mãe que criou as filhas para o mundo, dando liberdade e aconselhando para que levem a vida de maneira correta, mas sem "castrá-las".

Talvez por essa razão, me tornei não apenas mãe, mas uma boa amiga e companheira das duas, e por isso elas, creio eu, gostem da minha companhia.

Vou muito a São Paulo, como motorista particular, para fazer compras de peças de carros para a oficina do meu marido ou mesmo com minhas filhas

Sendo assim, minha filha mais velha, iniciou um curso de pós graduação em São Paulo, com aulas em determinados finais de semana uma vez ao mês, e faz questão que eu a acompanhe.

E nesse final de semana não foi diferente.

Estando em São Paulo, já na sexta feira, aproveitei para realizar determinadas incumbências e tudo correu maravilhosamente bem.

Mas no sábado...

Levantei cedo e após um café da manhã maravilhoso na Pousada na qual estávamos hospedadas, levei-a ao curso e atendendo ao pedido da minha filha segui em direção ao Brás, com a intenção de fazer algumas compras.

Avenida Ricardo Jafét, Avenida do Estado, tudo tranquilo, afinal era cedo ainda.

Cedo ainda para imaginar que estava tudo tranquilo!!!

Há um quarteirão do Mercado Municipal, tudo parado, pensei, "normal!!!".

"Normal uma ova!!!!"...

Não andava. Tudo parado.

Na esquina do mercado municipal, descobri que meu sábado tranquilo não seria tão tranquilo assim.

O trânsito sendo desviado em sua totalidade na Av. Mercúrio, em direção a Cantareira.

Perfeito!!! Carretas, caminhões, ônibus, carros, vans... Imaginem a maravilha de trânsito.

Os "marronzinhos" só indicavam o desvio, sem tempo para explicar o porque.

Pensei, "sem problema, deve ser algum caminhão que ficou preso embaixo do pontilhão na Av. do Estado, então eu vou até a Florêncio de Abreu e viro na São Caetano, atravesso a Av. do Estado e chego na Rua Oriente".

Todo mundo virando uma rua antes da Florêncio, maravilha... mas minha alegria durou pouco.

São Caetano, lotada e parada.

Há meio quarteirão da Av. do Estado, após uma meia hora, com uma van na minha frente, não pude ver que a passagem que cruza a avenida, estava fechada, resultado, virei a direita na avenida sentido mercado novamente. Fiquei muito P... comigo mesma. Tinha várias opções, estacionar na São Caetano, virar a esquerda meio quarteirão antes da Av. do Estado, ter seguido em frente pela Av. Tiradentes e entrar pelo Pari, mas não, tinha que insistir na São Caetano. Resultado desisti e parei o carro num estacionamento na Av. do Estado mesmo.

Vou a pé!!!!

Salto alto, já que minha intenção era parar próximo do local das compras, iniciei minha "caminhada".

Tranquilo, se não fosse a maravilhosa descoberta de que estava havendo uma manifestação em relação ao fechamento da "feirinha".

Descoberta essa quando já estava bem no meio da manifestação, mas para o meu alívio tudo "pacífico", pelo menos naquele momento.

Fiz minhas compras, e após andar toda a extensão da Rua Oriente em direção a Joli, resolvi retornar.

Rua Oriente, Rua São Caetano, e começa o meu "calvário"...

A manifestação já não tão "pacífica", logo a frente.

Confesso que pensei em desviar, mas como nem sempre dou "razão" para a "razão", e já estava cansada de tanto andar, resolvi que três quarteirões eram um desvio desnecessário.

Idiotice, agora eu reconheço.

Não tinha andado nem cinquenta metros e pude perceber que o "tumulto" estava um tanto violento, visto que os lojistas da rua estavam com as portas quase todas abaixadas e pessoas vinham correndo ou apressadas em direção contrária, mas como sou teimosa, prossegui mais alguns metros, para logo em seguida sentir algo atingir meus olhos.

Sinceramente na hora não se consegue pensar, pois não se consegue enxergar e tudo o que mais quer nesse momento é um canto tranquilo para poder recuperar a visão.

Meus olhos ardiam tanto, lágrimas corriam pelo meu rosto sem parar, como se eu estivesse chorando, minha garganta irritada me fazia tossir e o nariz começou a escorrer.

Um horror, me senti vulnerável e incapaz de me defender caso a situação se tornasse mais grave.

Virei sentido João Teodoro e prossegui, sem enxergar perfeitamente, mas o que eu mais queria era "fugir" daquele "inferno".

Cheguei ao estacionamento, com a vista ainda embaçada, mas não pensei duas vezes, peguei meu carro e sai dali o mais rápido que pude.

A tarde resolvi ficar na pousada, e me recuperar daquela experiência nada agradável.

Por volta de 20:00 h. fui buscar minha filha no curso, e fomos ao Shoping Plaza Sul, para comermos alguma coisa.

Ela disse que iria pedir "Yakissoba" na pousada, mas eu optei por um lanche do McDonald's, por não estar com muita fome.

Triste escolha, deveria ter optado pelo "yakissoba" também.

Após quarenta minutos na fila, para fazer o pedido, quando restava apenas uma pessoa na minha frente, vem uma funcionária do Mc, dizendo que havia duas pessoas na fila com "criança de colo".

Normal se naquele caixa constasse o aviso de atendimento preferencial e se as "crianças de colo", não tivessem entre 03 e 04 anos, o que já começou a me irritar.

Finalmente fiz meu pedido, sendo um lanche simples, e um sorvete com calda de blueberry, sem amendoim, tudo para viagem.

Espera mais uns 20 minutos na outra fila...

Detalhe, os pais com as "crianças de colo", um misteriosamente arrumou alguém para ficar com a criança, e a outra foi colocada no chão para que a mãe pegasse o pedido em questão.

Interessante né???

Meu pedido saindo!!! Até que enfim!!!

Vem primeiro o sorvete, com amendoim. Reclamei e a atendente de má vontade foi trocar.

Quando me entregou o outro sorvete, percebi que quase não tinha calda, e para minha surpresa maior, não tinha blueberry.

Ela retornou com o lanche e pedi que a mesma colocasse um pouco mais de calda no sorvete.

Parecia que eu havia ofendido ela, a mãe dela, e todos que estavam ao lado.

Me respondeu que era a quantidade padrão e que não iria colocar mais nada.

Respondi que o padrão deveria ser "dela", pois em outros Mc, a quantidade de calda era maior.

Fiquei tão irritada, tão contrariada e a pedido da minha filha me retirei com aquele sorvete sem calda nas mãos.

Nunca me senti tão roubada!

Esperar mais de uma hora, aguentar a falta de educação de pessoas que passaram na frente, e ainda por cima receber um produto de péssima qualidade!!!

Tentei reclamar, mas quem diz de encontrar um telefone do McDonald"s para reclamação????

Ainda vou tentar um site ou mesmo reclamar em outra loja da rede, mas não vou deixar isso de lado.

Quero os meus direitos de consumidor respeitados.

Quero o produto pelo qual paguei e esperei.

Quero meus "Blueberry's"!!!!!!!!

Regina Guarnieri
Enviado por Regina Guarnieri em 08/08/2011
Reeditado em 08/08/2011
Código do texto: T3147549
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