O crime

Wilson Correia

Hoje esmigalhei uma promessa.

Um botão de rosa que se interpôs

entre o solo e minha sola.

Que contraditório! Quero o tempo

do desabrochamento e aniquilo

o que está em vias de ser!

Quem me contrai? Quem me joga

contra a porta que não transporta?

Quem é esse que quer o meu fim?

Quem me faz um nada, como um

botão –entre o solo firme da terra e

a sola incremente dos meus pés?