FRANKENSTEIN

O que eu soube foi o seguinte: a jovem mulher reclamava com seu marido, famoso poeta, do marasmo em que vivia. De saco cheio das lamúrias de sua mulher ele recomendou para ela escrever um livro, assim ela preencheria suas horas mornas.

Ela pegou a pena e escreveu Frankenstein. Eu não lembro de ter lido nada do famoso marido dela mais o livro que a mulher dele escreveu aos dezenove anos de idade foi para as telas dos cinemas do mundo.

A jovem mulher Mary Shelley, o poeta marido Percy Bysshe Shelley.

Não é difícil imaginar o que a história desse livro deve ter causado de polemica nos anos seguinte a publicação, 1918. Não deve ter sido nada fácil para ela, apesar de ter usado pseudônimo. Essa menina escapou por pouco de parar nas mãos do santo ofício.

Como minha cabeça funciona em ondas diferentes da maioria das pessoas gente humana, eu lembrei de Frankenstein ao ler notícia no site g1. “PROFESSORA ARGENTINA APELA POR MORTE DIGNA PARA A FILHA DE DOIS ANOS”.

O doutor Frankenstein juntou pedaços de um cadáver e deu vida a ele. Os doutores da vida real, por conta de ridículas leis e conceitos, mantêm “viva” uma criança que no meu entender nem nasceu, apenas foi parida, nunca terá vida. Mas se eles desligarem os tubos serão acusados de assassinato.

Como alguém que gosta de criança, que gosta da vida e de todos os prazeres que a vida proporciona, pode se favorável a tamanha barbaridade em manter “viva” a criança morta?

Mas como eu disse minha cabeça funciona em ondas diferentes da maioria da gente humana. Morte digna é o mínimo que essa criança merece. Por que ela está indignamente morta.

Luiz Vieira Costa Neto.
18/08/11

 
Yamãnu_1
Enviado por Yamãnu_1 em 18/08/2011
Reeditado em 05/10/2011
Código do texto: T3167212
Classificação de conteúdo: seguro