... Eu adoro reticências ...

No primeiro parágrafo do rascunho deste texto escrevi que havia conhecido um blogue muito interessante escrito por uma moça que era especialista em si mesma. Bom, foi a única postagem que li no blogue e acabei também por não pesquisar o nome da autora. Vou vasculhar o histórico de navegação em meu browser e fazer as devidas referências, mesmo por que ela escreve muito bem. Ocorre que não é o mais importante para o que eu quero dizer no momento.

Ensinando sobre um tema para o blogue, deu a dica: escrever sobre o que conhece e possa fazer melhor. Não ser falso, não digitar com o teclado alheio. Fica falso e não vai durar muito tempo. A sua saída para o blogue: escrever sobre si mesma. Mais: era especialista em si mesma. De forma divertida assume ser um tema pouco comum, pois ninguém jamais escrevera sobre ela (acho que sou o primeiro).

Eu não vou pegar a carona da amiga blogueira e dar os meus motivos para escrever. Eu sequer sei por que escrevo, ora bolas. O que sei é que não sou especialista em mim mesmo. Minha esposa, meu cumpadre e minha terapeuta é que me conhecem.

Imaginem só, eu escrevendo sobre mim: Cada dia uma opinião diferente. No dia vinte e sete eu escrevo que o jota é azul, enquanto que no dia vinte e nove passa a ser verde-claro-tendendo-ao-bege pois o azul na verdade está com o ême. Sei lá, por aí. Entenderam? Em seis meses seriam quatro blogues iniciados e descontinuados...

… A coisa que sei é que adoro reticências. No início e no fim...

Tudo começa pelo meio, chegando de paraquedas, sem respeito ao planejamento e organização; e nada termina. Nada termina. Quem vai acabando sou eu.

Então é assim. A moça é especialista nela; vá em frente. Eu me especializei em mim assim como sou o cara pilotando um trator morro abaixo enquanto troco mensagens de celular com meu cumpadre.