Eterna conquista

Algumas pessoas me conquistam para sempre. Podem não viver ao meu lado, mas ficam marcadas como donas de parte de mim. É aquele sujeito que mal me conhecia, mas foi o primeiro a chegar com palavras de conforto quando fui flagrada chorando no canto de uma sala. Ou a melhor amiga do Verão passado com quem vivi tantas aventuras e compartilhei todos os segredos. O namorado de 2003 que durou pouco e saiu sem mágoas, mas foi tão carinhoso.

São pessoas-relâmpago. Chegam num repente, mas não ficam. Saíram da minha vida levadas pela força do tempo, a inércia de diferentes rotinas, mas se tornaram inesquecíveis. Seja lá o que fizeram por mim, marcaram minha história com algo de especial. Deixaram as boas cicatrizes. Foram as risadas na tormenta do Vestibular, o tempero de uma festa tediosa, o brilho a mais no dia de uma conquista.

Sobre elas, dias, meses, anos não importam. Independente de quantas barreiras se colocam entre nós, a distância que nos separa, basta um olhar e a lembrança volta com todo o encanto do passado, o sentimento indizível, a cumplicidade inexplicável.

Por elas, carrego em mim o desejo eterno de estar próximo, embora outras forças me puxem em diferentes direções.