O MESSIAS

Mesmo sendo Deus não teve por usurpação ser igual a Deus. Esvaziou-se de si mesmo, abrindo mão de tudo que tinha: a posição de honra e o conforto do lar paterno, para viver em mundo conturbado e indigno de sua presença. Mesmo sendo o criador e dono de tudo, fez-se servo e o mais indigno entre os homens. Para nos compreender melhor, fez-se humano assim como nós, sujeitando-se as mesmas paixões e vulnerabilidades. Sem culpa alguma, tomou sobre ele nossa culpa e as nossas dores levou sobre si, pelas suas pisaduras fomos sarados.

Mesmo só tendo feito o bem, foi condenado como mal feitor e contado entre eles. Consciente de sua missão e de nossa carência por redenção, deixou ser levado ao matadouro e como ovelha muda não abriu a sua boca. Sendo maltratado e humilhado, ainda assim, rogou ao pai perdão pelos seus inimigos. Oferecido como espetáculo à plateia da humanidade, de braços abertos ofereceu perdão, ofereceu o paraíso e o direito de uma eternidade de paz, amor e felicidade.

A morte não o pode conter e ao lado do pai intercede por nós, mesmo quando muitas vezes o rejeitamos, nos omitimos de falar de seu amor. Amor este que é tão grande, ao ponto de dar sua própria vida por nós, mesmo sem sermos merecedores. Eu não mereço, você não merece, nós não merecemos este amor, mas ele não nos trata segundo nosso merecimento, mas segundo nossas necessidades e carências.

Sua graça é tão grande, que excede todos os limites da tolerância, nos proporcionando o favor imerecível

Josildo S Neves

Josildo S Neves
Enviado por Josildo S Neves em 17/09/2011
Reeditado em 23/11/2014
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