Seres humanos

Quando teu sorriso de punhal cravou no centro do meu coração e matou o homem velho, eu que ambicionava a eterna juventude persegui aqueles dois punhais iluminados que são os seus olhos.

Se a música é universal, o amor é “celestial”, eu sempre quis saber por que os seres humanos não sabem conviver com o lado puro, atolados nos dissabores vivendo vidas de horrores procurando a felicidade tão longe de si. Pois se a beleza nos trás tanto prazer por que o cotidiano nos parece tão feio. Se a meditação é a resposta por que eu sempre dei as costas a todas as clausuras.

Sempre buscarei aquele sorriso e aqueles olhos de punhais, se o criador não faz duas mulheres iguais então por que aquela mulher morreu? Sou um cara esperto porque já na minha adolescência eu não encontrei a mulher certa e por isto fui submetido a tantas provações e para piorar minhas incertezas a minha beleza aguçava a cobiça das mulheres.

Não foi muito fácil, fui submetido a um trágico prefácio enriquecido com inúmeras histórias. Na busca do amor puro questionando onde está o porto seguro! Será que só vou encontrá-lo no fim do túnel? Depois de tanta felicidade, depois de tanta “dor” fica difícil procurar a definição para o “amor”.