O beijo da morte

Quando estou em teus braços sinto-me um palhaço que perdeu o seu chapéu. Quando você está convivendo com uma pessoa macabra, ela vai te matando aos poucos, isto porque ela sabe que você não tem coragem de vender sua alma, mas ela tem.

E você não tem coragem ou a atitude de abandoná-la e acorrentado a situação você começa a desenvolver um câncer irreversível, pois você não tem coragem de suicidar.

Quando eu descansar naquela pedra fria e o meu nome estiver nas listas das missas de sétimo dia. Quando Bispo do Rosário percorreu seu calvário o louco do hospício nos deixou um patrimônio artístico. Pensei que fosse sorte quando recebi o beijo da morte, quando ganhei o prêmio grande da loteria, cai na rede de esgoto, estava afogando, alguém deu-me a mão.

Levantei o meu olhar, reconheci o Toni Beloto que colhia as flores de Geraldo Vandré. Fui consumido no sonho do consumo mesmo eu morando na Rússia. Procurando pela MPB encontrei com você dentro do bondinho de Santa Tereza sendo enforcado pela vanguarda e passa apressadamente por mim a Bia Correia do Lago procurando pela “Literatura em perigo”.