Enfim fui convidado a assitir a uma peça teatral, protagonizada por um artista, que faz parte do meu dia a dia. O responsável pelo escritório de advocacia, em que sou parte integrante de uma equipe de tres advogados, uma bacharel e uma office-faz-tudo-girl.
                                       A peça está sendo encenada, no teatro do Clube Paineiras do Morumby, reduto da elite paulistana, um clube de fazer inveja e uma estrutura fantástica para eventos de todos os tipos. Inclusive concomitantemente a apresentação teatral, no salão de festas no andar superior, "rolava uma balada", lotada de pré-aborrecentes, e o som era massificante e muito alto, as vezes interferindo no bom andamento da peça.
                                      Mas, nada que não nos fizesse ficar mais interessado no que "rolava" na peça, uma vez que o tema era comum a todos, a família. E os atores iam contracenando e o tema desenrolando, e nos envolvendo a todos, pois a situação poderia ser facta, e a cada cena um jeito diferente de se ver ali, em cada momento encenado.
                                       Embora um tema sério, havia seus momentos de comédia e protagonizado nada menos do que pelo meu colega de trabalho. E ao ve-lo ali, naquele papel sério, porém engraçado, e tentar desvinculá-lo do advogado sério e competente, algumas vezes estressado pelo dia a dia, outras filosófico, quando parecia querer desabafar numa conversa informal e outras tantas vezes compenetrado no seu trabalho, não foi fácil, mas deixei-me levar pela peça, esquecendo o cotidiano do escritório.
                                   A peça parecia enfadonha para algumas pessoas na platéia, porque a toda hora eu os via se mexerem nas cadeiras, como que cansados de ficarem numa unica posição, mas ao mesmo temo em que me distraia com essas mexidas na plateia, eu me compenetrava em cada ator no palco.
                                   Ora os via como atores amadores, ora os sentia bem profissionais, pois era uma trupe de amigos reunidos e que estavam se divertindo, querendo passar uma mensagem a nós da platéia e nos divertindo com uma encenação de nosso cotidiano familiar.
                                   Ao terminar a apresentação, todos se levantaram aplaudindo-os efusivamente, consagrando a trupe de amigos, que se divertiram e nos deram uma hora e meia de diversão e reflexão.
                                   Após o espetáculo, os atores receberam os convidados no saguão do teatro, e além dos aplausos na platéia, tivemos a oportunidade de prestigiá-los com mais pessoalidade, pois foi o momento de pudemos agradecer e parabenizar pela encenação no palco, reconhecendo o bom trabalho feito.
                                   Ao término do encontro, pego minha família e vou terminar a noite numa pizzaria, nos refastelando da tradicional pizza paulistana e do bom choppinho gelado. Coisa de paulista, né belo?
WSanches
Enviado por WSanches em 25/09/2011
Reeditado em 25/09/2011
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