ADEUS À VIRGINDADE
O zoológico de Belo Horizonte/MG tem um morador solitário de 38 anos, o gorila “Idi Amin”, macacão de 200 quilos do dorso prateado, aqui chegado no ano de 1975. Tinha uma companheira, a “Dadá”, que morreu no ano de 1978 por causa duma infecção no ouvido.
Em fevereiro de 1984 a direção do zoológico arranjou a fêmea “Cleópatra” para o viúvo “Idi Amin”, mas a macaca, debilitada, morreu logo 14 dias depois de se juntar ao gorila nesse curto romance. De lá para cá, “Idi Amin” permaneceu viúvo e cada vez mais solitário, sendo que ultimamente andava até com depressão, conforme parecer dos veterinários do zoológico. A meninada que o visitava sempre ficou chateada, chiou muito e a direção do estabelecimento se mexeu, conseguindo arrumar logo duas novas fêmeas para “Idi Amin”, único gorila cativo em zoológicos da América do Sul.
Assim é que chegaram ao zoológico as macacas “Imbi” e “Kifta”, de 11 anos de idade, ambas procedentes da Inglaterra, as quais, após um período de quarentena, se juntaram ontem (29/9/11) ao macacão do dorso prateado na Pampulha.
O povo, talvez mais assanhado do que o próprio gorila, compareceu em massa para presenciar “in loco” o encontro dos símios. “Ídi Amin” circulava calmamente pelo seu espaço quando as grades foram abertas e as duas “meninas”, “Imbi” e “Kifta”, saíram ao seu encontro.
O macho poderoso se aproximou, mexeu com uma, fez um tipo de carinho à outra e terminou se decidindo por uma delas, conduzindo-a logo por detrás dumas pedras grandes (na falta de bananeiras, atrás de pedras mesmo). Aí aconteceu o que toda a galera aguardava:- o coito, coisa mais natural do mundo, mormente entre os animais.
“Idi Amin” provou que está em forma e agora, feliz como nunca, tem à sua disposição duas esposas para dividir com ele sua toca antes solitária. Como a sua espécie costuma viver até 55 anos, “Idi Amin” tem ainda mais 17 anos pela frente e poderá, quem sabe? – dar ainda algum herdeiro ao zoológico da Pampulha, para alegria de toda a petizada da capital mineira.
Ele só precisa saber administrar bem a convivência com as duas macacas morando sob o mesmo teto, algo que, pelo menos até agora, não lhe parece ser muito difícil! ...
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B.Hte., 30/09/11