FLORES DO OUTONO

Hoje, 04 de outubro, é o dia de São Francisco de Assis, o dia do meu santo mais amado, o dia daquele que, em cada passo de sua vida nos deu o testemunho mais puro de todos, à semelhança dos passos puros de Cristo. Hoje, 04 de outubro, é o dia da natureza. E, para alegria minha, hoje, 04 de outubro, se completam três anos do lançamento do meu livro “Flores do Outono”, livro de poesia que, escrito em 1992, esperou 16 anos para vir à luz.

Alguém poderá perguntar: “É tão importante assim publicar um livro?” Eu direi que sim e que não. Não, porque o fato de se publicar livros não significa, necessariamente, que se faça literatura no sentido mais fundo e verdadeiro dela, e vice-versa. Há,ao lado de muita gente boa, muita gente medíocre com livros publicados, gente ganhando, inclusive, muito dinheiro com isso; por outro lado, há grandes escritores, grandes poetas que passam a vida sem publicar coisa alguma e outros, ainda, que têm que pagar muito para publicarem alguma coisa.

No caso do meu “Flores do Outono”, que eu nem sei se é poesia de qualidade, mas do qual tenho certeza que é testemunho fundo e autêntico de vida, eu considerei que sim, que era importante publicá-lo porque ele, ao mesmo tempo em que celebra a vida de uma paineira, árvore que só floresce no outono, constitui, simultaneamente, a celebração de um outro amor, amor feito também de natureza, amor feito de transcendência, assim como de renúncia: Amor encarnado no rosto e no ser de um homem. Foi, este meu livro, publicado no dia 04 de outubro de 2008, no dia de São Francisco de Assis, no dia da natureza. Este meu livro escrito para celebrar o amor, que une a imagem de uma árvore à imagem de um homem amado e de um amor impossível no sentido terreno.

Em suma: O dia 04 de outubro é dia especial para mim, por três razões. Por três razões, um dia muito importante para mim.

Na manhã de 04 de outubro de 2011.