Pequenos Momentos, Felicidades Eternas!

Vivemos em um mundo bem complicadinho. Desigualdades, desastres, miséria, fome, subordinações, corrupções, violência e muitas outras catástrofes fazem parte do nosso cotidiano. Parece até que vivemos em um mar de enxofre. É importante lembrar que nesse cenário também encontramos nuvens branquinhas, branquinhas, onde se encontra a felicidade. São poucas, discretas e marcantes, mas sempre presentes.

Sempre reclamo que nada está certo, que nada acontece do jeito que quero, que não tenho a pessoa amada, que estou na pior e que minha vida é um lixo! Tudo bem, são coisas normais, todo ser humano passa por isso. Será que a vida está ruim assim? Que a felicidade não existe? Que estou mergulhado nesse enxofre? Engano meu, apesar de todas as calamidades estou sendo ingrato. Muitas vezes as pessoas deparam com meus sorrisos, de orelha a orelha. São momentos que a felicidade e alegria estão estampadas nos meus traços. Posso estar no meio desse ardente mar, mas tenho altura suficiente para alcançar algumas dessas nuvens. Esses ligeiros momentos ficam marcados pro resto da vida.

Aquele beijo, aquele olhar, aquele sorriso, aquela festa e aquele tempo que eu era feliz e não sabia! Como é bom sentar em um barzinho com os amigos e, recordar tudo isso como se estivesse acontecendo agora. Olha ai, foram pequenos momentos da minha vida, mas a felicidade que eles trouxeram está ai até hoje, ela é eterna. Sempre que lembro desses instantes me sinto feliz. Muitos passaram despercebidos, eu sempre reclamando e a felicidade mais próxima do que eu esperava.

“Aquele tempo que eu era feliz e não sabia”. Opa! Mais uma vez sendo ingrato com a vida. Será que tenho argumentos coerentes para contesta-la? Talvez não. Tenho pernas, braços, pés, mãos, inteligência e amigos, ou seja, tenho condições de correr atrás de um futuro melhor e, oportunidades para abraçar. Deus olhou para mim sim senhor, não que deixastes alguém de lado. Devo agradecer pela vida que tenho e não reclamar. Não é correto culpar alguém pelo meu fracasso, seja ele em qualquer aspecto da vida, pois, a responsabilidade era toda minha, “cada homem é responsável pelo seu próprio destino”. Penso nas pessoas que não tem um teto para morar, a “comidinha da mamãe” todos os dias, que não enxergam, não escutam, não falam, não andam e que não tem a metade dos meus recursos para alcançar a felicidade. Devo reconhecer “reclamo de barriga cheia!”.

Não tenho o mundo nas mãos. Não tenho a vida que pedi a Deus, mas ela é recheada de momentos felizes. Muitos acabam com o piscar dos olhos, mas a felicidade fica cravada no coração e na memória! Basta revirar os arquivos e a encontrar.

Allan Pedro
Enviado por Allan Pedro em 22/12/2006
Reeditado em 09/01/2007
Código do texto: T325798