Paradoxo da Economia e das Políticas Sociais

Vou ao Rio de Janeiro e vejo as praias de Copacabana, Ipanema e Leblon. Vou a São Paulo, passo pelo Morumbi, depois vou para a imponente Avenida Paulista, o coração financeiro do país. Vou à Brasília, vejo a Esplanada dos Ministérios e as mansões do Lago Paranoá. Vou a Belo Horizonte e vejo também belas mansões na Lagoa da Pampulha. Volto para meu Nordeste a passo direto para Fortaleza, onde fico na praia de Iracema. Depois venho voltando pelo litoral. Passo em Natal e fico na praia dos Artistas. Em João Pessoa, vejo as praias de Tambaú e Cabo Branco. Em Recife, fico em Boa Viagem. Vou a Aracaju e fico na bela praia da Atalaia. Em Salvador, fico no Farol da Barra. Volto para minha Maceió, fico em Jatiúca, Ponta Verde e Pajuçara. Eis aí um Brasilzão bonito e rico. Pronto, já podemos oferecer ajuda a alguns países da Europa, em crise econômica.

E a nossa periferia, os nossos morros, as nossas favelas, como ficam?

E o nosso interior, carente de tudo, para não dizer na absoluta miséria?

Não vou aqui plagiar, mais uma vez, aquele radialista pernambucano, cujo lema era “ver, ouvir e calar”. Vou ver, ouvir e botar a boca no trombone. Primeiro ajudar os nossos, depois os outros que, mesmo com a crise, estão melhores do que nós. Basta ver a estrutura daqueles países e comparar com a nossa. Acorda Brasil!

Irineu Gomes
Enviado por Irineu Gomes em 06/10/2011
Reeditado em 09/10/2011
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