Ponto de Vista.

De dentro de um quartinho quente e abafado no centro velho de São Paulo, Antonio vê o mundo. O vê com a mente totalmente liberta, não sofrendo por nada, muito menos se alegrando entusiasticamente com o que quer que seja. Sabe que é o único que pode resolver seus próprios problemas e o único a eventualmente causá-los. É ao mesmo tempo antídoto e remédio. É o que pensa ser e não o que pensam o que é.

Antonio não vive de forma ilegal, injusta nem imoral; para ele qualquer instituição de comando, leis, ditames, Estados, código e regras são dispensáveis. Tem seu próprio manual de sobrevivência. É daqueles que gosta de ficar descalço no tribunal, em casa e menos na rua devido às merdas humanas. Antonio ou Creedence até não parar mais. É um respeitador, apesar dos comentários de críticos que talvez sequer o conhece.

Antonio nunca remói nada, nunca pragueja nada, nunca festeja o que o sistema traça, mesmo vivendo dentro da lei, a qual para ele soa inútil. Vive sua liberdade e seus escassos dias com honradez, perseverança e verdades a espalhar. Para se ter uma base, Antonio já abraçou muitas vezes a morte e ambos saíram andando de mãos dadas. Já viu anjos e demônios sob várias formas.

*Dedicado ao meu grande amigo de peito, meu irmão camarada, um cara que é quase eu, tamanha a proximidade de nossos pensares e ideologias...

SAvok OnAitsirk, 07.10.11.

Cristiano Covas
Enviado por Cristiano Covas em 09/10/2011
Código do texto: T3266296
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