PORTA GIRATÓRIA

PORTA GIRATÓRIA

Já se passaram meia dúzia de anos e esporàdicamente lembro-me do ocorrido. Costumo citar essa passagem nas reuniões com os amigos à volta de uma mesa de bar ou noutras tertúlias. Tudo sempre com aquele espírito brincalhão e até mesmo pelo inusitado da situação. Quem me conhece bem sabe que, apesar de eu ter um génio forte, vou contemporizando as coisas com muita paciência, levando uma porrada daqui, outra dali, mais uma dacolá, até que se solta a espoleta da granada. É nesse momento que vôam penas para todo o lado...

Naquela manhã de um dia que prometia ser de grande azáfama, programei a minha ida ao Banco no horário da sua abertura. Mesmo assim já me defrontei com uma fila enorme na calçada e que enfrentei com certa resignação democràticamente. Na entrada tinha uma daquelas portas giratórias que todos os Bancos adoptaram por questões de segurança, obrigando os clientes a uma triagem por amostragem perante travamentos periódicos monitorados por um dos guardas-vigias ou automáticamente quando accionada pelo detector de metais. Entre a entrada de um e de outro e enquanto eu esperava a minha vez, o meu pensamento voava para muito longe, para a minha cidade de Évora, pois que naquele tradicional Café Arcada tinha uma dessas portas e que para mim e meus amigos de infância era um maravilhoso brinquedo...

Entretanto comecei a notar que o guarda-vigia travava a porta, com o seu controle remoto, para cada um dos que se preparavam para entrar. Não era mais por amostragem e o facto começou a irritar toda a fila. E a minha paciência já se começara a esgotar. Arquitetei o meu plano! Cheguei a comentar com o parceiro de trás que, se continuasse assim esse tipo de provocação e desrespeito, quando chegasse a minha vez eu iria tirar toda a roupa do corpo e ficar só de cuecas... Afinal, neste clima tropical fazia um calor de rachar e normalmente eu só usava uma bermuda e uma camiseta como nos dias de hoje; não seria difícil...

Chegou a minha vez! A porta travou! Falei para o guarda: "não tenho bolso na camiseta, só tenho um na bermuda e vazio e porto na mão este papel sòmente. Porquê travar a porta?" Tendo recebido um sorriso irónico, a reacção foi imediata: fiquei só de cuecas! A fila toda bateu palmas. O guarda pediu-me pelo amor de Deus que me vestisse e a porta não travou mais. Quando cheguei em casa a família já sabia do ocorrido...

Porquê relatar neste espaço esta história? Porque ela é de muita actualidade apesar dos anos passados. Há alguns dias no centro do Rio de Janeiro um homem de 35 anos, cliente de um Banco há mais de 10, foi travado numa dessas portas. Não sei exactamente quais os motivos, mas pelo perfil deduzo ser uma pessoa honesta vítima de uma futilidade daquelas. Discutiu com o guarda e foi morto com um tiro.

Já repensei o meu comportamento perante várias situações como no trânsito, por exemplo, e terei que repensar mais no que tange a outras. Todos nós aqui vivemos numa verdadeira selva.

// Permalink - 24-12-2006 23:02:42 - 0 comentários

Alterar | Apagar

--------------------------------------------------------------------------------

CAMPEÃO MUNDIAL

Em Portugal sempre fui um grande torcedor do BENFICA. Acho que pelas cores vermelho e branco. Quando emigrei para o Brasil na década de 70 o meu primeiro endereço foi na cidade de Rio Grande no Estado do Rio Grande do Sul; mais tarde em Porto Alegre e Canoas. E no Rio Grande do Sul para quem eu iria torcer? Vermelho e branco, igualzinho ao BENFICA, com uma massa de torcedores incrível e popular e no auge de grandes campanhas, só poderia ser o INTERNACIONAL.

até hoje o meu coração é vermelho e branco; é vermelho e branco o meu coração!!!

HOJE FÔMOS CAMPEÕES EM TÓQUIO! CAMPEÕES DO MUNDO!

Por uma série de factores, esse grito estava encravado, atravessado na minha garganta. Pelos insucessos do BENFICA naqueles anos em que se denominava Taça Intercontinental e porque o grande rival do INTERNACIONAL, o GRÉMIO, já tem esse título...

Saudações COLORADAS para todos em todo o MUNDO!

// Permalink - 17-12-2006 17:36:55 - 0 comentários

Alterar | Apagar

--------------------------------------------------------------------------------

LÍNGUA PORTUGUESA

Apenas e somente a Língua Portuguesa permite escrever isto

Pedro Paulo Pereira Pinto Pires, pequeno pintor, português, pintava portas, paredes, portais. Porém, pediu para parar porque preferiu pintar panfletos. Partindo para Piracicaba, pintou prateleiras para poder progredir. Posteriormente, partiu para Pirapora. Pernoitando, prosseguiu para Paranavaí, pois pretendia praticar pinturas para pessoas pobres. Porém, pouco praticou, porque Padre Paulo pediu para pintar panelas, porém posteriormente pintou pratos para poder pagar promessas. Pálido, porém personalizado, preferiu partir para Portugal para pedir permissão para papai para permanecer praticando pinturas, preferindo, portanto, Paris. Partindo para Paris, passou pelos Pirinéus, pois pretendia pintá-los. Pareciam plácidos, porém, pesaroso, percebeu penhascos pedregosos, preferindo pintá-los parcialmente, pois perigosas pedras pareciam precipitar-se principalmente pelo Pico, porque pastores passavam pelas picadas para pedirem pousada, provocando provavelmente pequenas perfurações, pois, pelo passo percorriam, permanentemente, possantes potrancas. Pisando Paris, permissão para pintar palácios pomposos, procurando pontos pitorescos, pois, para pintar pobreza, precisaria percorrer pontos perigosos, pestilentos, perniciosos, preferindo Pedro Paulo precaver-se. Profundas privações passou Pedro Paulo. Pensava poder prosseguir pintando, porém, pretas previsões passavam pelo pensamento, provocando profundos pesares, principalmente por pretender partir prontamente para Portugal. Povo previdente! Pensava Pedro Paulo... Preciso partir para Portugal porque pedem para prestigiar patrícios, pintando principais portos portugueses. – Paris! Paris! - proferiu Pedro Paulo. – Parto, porém penso pintá-la permanentemente, pois pretendo progredir. Pisando Portugal, Pedro Paulo procurou pelos pais, porém, Papai Procópio partira para a província. Pedindo provisões, partiu prontamente, pois precisava pedir permissão para Papai Procópio para prosseguir praticando pinturas. Profundamente pálido, perfez percurso percorrido pelo pai. Pedindo permissão, penetrou pelo portão principal. Porém, Papai Procópio puxando-o pelo pescoço proferiu: – Pediste permissão para praticar pintura, porém, praticando, pintas pior. Primo Pinduca pintou perfeitamente prima Petúnia. – Porque pintas porcarias? – Papai – proferiu Pedro Paulo –, pinto porque permitiste, porém, preferindo, poderei procurar profissão própria para poder provar perseverança, pois pretendo permanecer por Portugal. Pegando Pedro Paulo pelo pulso, penetrou pelo patamar, procurando pelos pertences, partiu prontamente, pois pretendia pôr Pedro Paulo para praticar profissão perfeita: pedreiro! Passando pela ponte precisaram pescar para poderem prosseguir peregrinando. Primeiro, pegaram peixes pequenos, porém, passando pouco prazo, pegaram pacus, piaparas, pirarucus. Partindo pela picada próxima, pois pretendiam pernoitar pertinho, para procurar primo Péricles primeiro. Pisando por pedras pontudas, Papai Procópio procurou Péricles, primo próximo, pedreiro profissional perfeito. Poucas palavras proferiram, porém prometeu pagar pequena parcela para Péricles profissionalizar Pedro Paulo. Primeiramente Pedro Paulo pegava pedras, porém, Péricles pediu-lhe para pintar prédios, pois precisava pagar pintores práticos. Particularmente Pedro Paulo preferia pintar prédios. Pereceu pintando prédios para Péricles, pois precipitou-se pelas paredes pintadas. Pobre Pedro Paulo, pereceu pintando... Permita-me, pois, pedir perdão pela paciência, pois pretendo parar para pensar... Para parar preciso pensar. Pensei. Portanto, pronto, pararei.

(E achamos nós o máximo quando conseguimos dizer: 'O Rato Roeu a Rica Roupa do Rei de Roma'!...)

Autor desconhecido

// Permalink - 16-12-2006 23:38:30 - 0 comentários

Alterar | Apagar

--------------------------------------------------------------------------------

COZINHA DOS GANHÕES

Tomei a liberdade de transcrever do site da Câmara Municipal de Estremoz tudo o que abaixo está descrito. A exemplo do que faço todos os anos, é a minha contribuição para divulgação das coisas da minha saudosa cidade. Este é um evento já com fama além fronteiras e todos aqueles que navegam por este Portal, que estejam em Portugal ou que para lá forem por estes dias, não podem perder.

MENSAGEM DO PRESIDENTE

Eis-nos chegados a mais uma edição da Cozinha dos Ganhões, a décima quarta.E mais uma vez comemoramos os saberes e os sabores da rica gastronomia alentejana de outros tempos.Espaço de convívio a cada ano que passa, a Cozinha é o ponto de encontro para quem aprecia os pecados da gula, em forma de umas migas, ou de uma açorda ou ainda de um prato de caça, ou ainda... a doçaria conventual, que essa, é de bradar aos céus.Queremos que esta edição seja, para além da grande festa gastronómica, uma montra do nosso artesanato, dos nossos produtos tradicionais, em suma, uma mostra do melhor de nós.A animação está fundada na nossa cultura popular. Pelo palco da Cozinha passarão os Grupos Corais Alentejanos, Etnográficos, Poetas Populares, Tocadores de Concertina... e o Fado Castiço.O nosso reconhecimento a todos quantos tornaram possível a criação da Cozinha dos Ganhões em Estremoz, bem como aos homens e mulheres que vão encher de brilho como tasqueiros, doceiros, expositores e artistas, a edição 2006.A nossa ambição é que a Cozinha dos Ganhões 2006, seja uma Marca de Estremoz e do Alentejo. Aprecie bem esta Cozinha. Sinta-se desde já convidado(a).

Um abraço amigo.José Alberto FateixaPresidente da Câmara

30 de Novembro de 2006 (Qinta-feira)

18:30

Cerimónia de abertura da XIV Cozinha dos Ganhões.

19:00

Abertura das Tasquinhas e Doceiros.

21:30

Actuação do Rancho “As Azeitoneiras” de S. Bento do Cortiço

22:00

Espectáculo Musical com o Grupo Coral “Os Ganhões” de Castro Verde

01 de Dezembro de 2006 (Sexta-feira)

12:00

Abertura da Cozinha dos Ganhões.

17:00

Prova de Azeites de Estremoz, pela SICA.

18:15

Prova de Enchidos de Estremoz, pela Salsicharia Estremocense.

18:30

Apresentação do Livro “Sorrindo no Alentejo com Zé d´Alter”, da autoria do Dr. Alberto Ribeiro.

19:15

Prova de Vinhos de Estremoz

· Encostas de Estremoz

· Margarida Cabaço – Unipessoal

· Quinta do Carmo

· Tiago Cabaço

22:30

Noite de Fados com António Pinto Basto, José Gonçalez e Patrícia Leal acompanhados pelo Trio de Guitarras de Jorge Silva.

02 de Dezembro de 2006 (Sábado)

12:00

Abertura da Cozinha dos Ganhões.

15:00

Actuação da Orquestra de Percussão de Estremoz “Tocábombar”, pelo recinto.

15:30

4º Encontro de Poetas Populares do Concelho de Estremoz, numa organização da Associação Filatélica Alentejana, com o apoio da Câmara Municipal de Estremoz, no Palco Principal.

17:00

Prova de Azeites de Estremoz, pela Cooperativa de Olivicultores de Estremoz.

18:15

Prova de Enchidos de Estremoz, pela Salsicharia Moreira e Pimenta.

18:30

Prova de Vinhos de Estremoz

· Herdade do Pombal

· João Portugal Ramos

· Monte Seis Reis

· Vinhos Dona Maria

19:30

Cantares ao Desafio pelo Grupo Coral “Unidos do Baixo Alentejo”, em ronda pelos restaurantes.

19:15

Prova de Vinhos de Estremoz

22:00

Espectáculo Musical com o Grupo Coral “Unidos do Baixo Alentejo”

03 de Dezembro de 2006

12:00

Abertura da Cozinha dos Ganhões.

15:30

Encontro de Tocadores de Concertina e Acordeão.

18:15

Prova de enchidos de Estremoz, pela Salsicharia Cortes.

18:30

Espectáculo Musical com o Grupo de Cantares de SouselApoio: Geopedras

19:15

Prova de Vinhos de Estremoz

· Herdade das Servas

· Poeiras & Xarepe

· Quinta do Mouro

· Sociedade Agrícola Monte da Caldeira

22:00

Encerramento da XIV Cozinha dos Ganhões 2006.

O Que é um Ganhão

GANHÃO: “s.m. Aquêle que lança mão de tudo para ganhar ganha dinheiro. Jornaleiro, trabalhador criador de lavoura: Seria condenável o ganhão, ou mancebo do lavrador, que deixando de lavrar nas terras de seu amo, fôsse a dar jeiras nos casais alheios, D. Francisco Manuel de Melo, Apólogos Dialogais, III, p. 173 Guarde – Deus, mana mulher... Isto aqui de quem é?... Trazem ganhões cá na herdade? Fialho de Almeida, O País das Uvas, p. 187. Prov. Beir. Aquêle que trabalha com uma junta de bois, (Cf. Revista Lusitânia, XI, p. 157).”

Grande Enciclopédia Luso-Brasileira

Categoria de trabalhador agrícola cuja hierarquia difere de região para região. No distrito de Portalegre corresponde ao homem que se ocupa de serviços de lavoura não especializados, tais como lavrar com bois, que são guardados e tratados por outro homem denominado “boieiro” cavar moitas carregar os molhos de cereal nos carros etc. O Ganhão aqui é, por assim dizer, um trabalhador de pouca categoria que actua debaixo das ordens de um capataz conhecido por abegão. No distrito de Évora, chama-se Ganhão ao que no de Portalegre se dá o nome de abegão e designa-se por moço de lavoura o que nesse mesmo distrito de Portalegre se denomina Ganhão.”

Fonte:A.J. SARDINHA DE OLIVEIRA

Verbo Enciclopédia Luso-Brasileira de Cultura

Ganhões eram os moços da lavoura e de outros serviços, como cavas, acarretos, eiras, etc. A colectividade que os agrupava denominava-se por ganharia ou malta. Muitas vezes existiam rapazes de 14 a 16 anos, que só se consideravam ganhões depois de lavrarem toda uma época de uma sementeira outonal.

Entre os ganhões de uma casa havia duas categorias: os de “pensão” (anuais, que se acomodavam por muito tempo e que, por vezes, eram encarregados interinos) e os “rasos” (eram temporários, de poucos dias). O ganhão raso era simplesmente máquina de trabalho, ganhava pouco e era constantemente fiscalizado.

A “casinha dos Ganhões” era o dormitório, a casa de descanso dos ganhões ou dos moços da lavoura, que constituíam a ganharia. Como se pode supor, tem semelhanças com as casernas dos soldados. Na maioria dos casos era uma casa ampla que acomodava vinte a trinta homens. Todas elas tinham sempre uma lareira espaçosa, num dos cantos ou no centro, que era por eles designada de chaminé. As paredes eram caiadas de branco, mas na sua maior parte estavam enegrecidas do fumo da lareira. Era aí que se juntava a criadagem nos serões, sentados nos burros (bancos rústicos de pernadas de azinheira) aquecendo-se e enxugando-se das chuvadas que sofriam durante o dia. As tarimbas erguiam-se em redor das paredes, formadas por leitos de carros velhos, portas inutilizadas, tábuas, etc., revestidas com rama de piorno, giesta e palha. A copa (vestuário), safões, chapéus, esteiras e calçado amontoavam-se, sem que mão bondosa se lembrasse de os arrumar. Mas para os ganhões estava tudo bem. O arranjo, a compostura e a limpeza eram para as mulheres e para as suas casitas de vila ou aldeia.

As noites eram divertidas. A maioria eram rapazes novos, cheios de vida e sem grandes preocupações. Faziam simulações de touradas, jogos de brincadeiras para logro dos novatos e dos mais velhos que, já cansados, rejuvenesciam e recordavam as partidas que eles mesmos já haviam feito e das quais tinham saudades. Noutras noites os papéis invertiam-se, eram os mais velhos que distraíam os mais novos, tomando ares de superioridade paternal. Propunham adivinhas, recitavam décimas, narravam contos e episódios de guerra ao ponto dos moços exclamarem:”Caramba rapazes! Sempre o tio fulano sabe muito!... É poço sem fundo! Não sei como lhe cabe na cabeça tanta coisa!!! Se fosse homem de letras era doutor!...”

Como Surgiu a Ideia

Em Abril de 1985, num convívio de vinhos e petiscos, sentámo-nos à mesma mesa o João Albardeiro, o Jacinto Varela, o Armando Alves, o João Paulo e eu. Petiscos saborosos e vinho de qualidade, e a ideia nasceu: e se fizéssemos uma casa de petiscos para a feira de Maio! (...) Cada tasca, cada restaurante, cada cozinheiro, em dias diferentes, apresentaram as suas especialidades. Tratou-se ainda, com grande participação, da promoção e divulgação de vinhos alentejanos

Aníbal Falcato Alves – Os comeres dos Ganhões. Memória de outros sabores, Porto, Campo das letras, 1994, página 7.

// Permalink - 17-11-2006 16:01:07 - 0 comentários

Alterar | Apagar

--------------------------------------------------------------------------------

UMA IMAGEM...

É muito conhecida aquela frase "uma imagem vale por mil palavras"!? E eu começo assim para já fazer uma ligação com o título da crónica...

Habituado desde os tempos do ensino básico, leio alguns jornais todos os dias, principalmente aqueles dos quais sou assinante. Ainda sou um dos que cultivam esse hábito imprescindível para uma formação que é constante durante toda a nossa vida. Infelizmente notamos a diminuação desses leitores, como eu, o que tem originado o desaparecimento de pequenos e grandes jornais.

Dos vários cadernos ou páginas específicas que compõem um jornal, há aquela tal de "Coluna Social" que, normalmente, só merece da minha parte uma ligeira passagem de olhos... Muitas vezes até me enoja aquele desfile de fotos, quase sempre de personagens da alta sociedade. Até pouco se escreve, limitando-se o colunista a fazer uma identificação das pessoas e dos eventos. Desperta-nos a atenção aquelas "madames" com as suas peles repuxadas e, por isso e pelos cremes usados, aquele brilho característico... Como diria aquela minha amiga, ainda livre de tudo isso e exibindo, tão sòmente, a sua beleza natural: horripilante!!! E muitas dessas pessoas fazem questão de serem fotografadas para aparecerem depois na coluna. Chegam a pagar, algumas vezes, por tal previlégio... É tudo uma questão de status.

Hoje foi um dia diferente dos demais. Primeiro porque não tive tempo de ler qualquer jornal logo pela manhã, como faço habitualmente, pois estava-se desenhando um dia de muito e árduo trabalho na minha profissão só fui ler o primeiro a meio da tarde. Segundo porque me debrucei com muito interesse sobre a tal "coluna"...

Uma página quase totalmente dedicada ao casamento de um filho de conhecidíssimo banqueiro de São Paulo. Mais exactamente, o casamento de Alberto Safra e Maggy Candi. Ela não sei quem é e nem se é judía, também, como o noivo. Estes e outros detalhes, como a magnificência da festa, enfim, tabém são sem importância para a essência do que me propuz abordar.

Naquelas nove fotos existem quatro que, se levado ao pé da letra o ditado transcrito no primeiro parágrafo, valem mais que muitos e muitos milhares de palavras. Tantas que viriam a preencher um bom calhamaço sobre os últimos vinte anos da economia brasileira, principalmente sobre as causas de tamanho desastre...

Descreverei as fotos por ordem cronológica em relação ao que cada um dos personagens desempenhou no seu tempo: José Sarney, Fernando Henrique Cardoso (ex-presidentes), António Palocci (ex-ministro da Fazenda), Geraldo Alkmin (ex-governador de São Paulo), Aécio Neves (governador reeleito de Minas Gerais) e... Jorge Gerdau (um dos maiores e mais bem sucedidos empresários do Brasil, cogitado para assumir um posto de ministro no futuro governo de Lula).

Banqueiros sabem muito bem quem devem convidar para as suas festas!!!

E a m inha crónica de hoje é postada no blog, sem foto...

// Permalink - 16-11-2006 20:29:04 - 0 comentários

Alterar | Apagar

--------------------------------------------------------------------------------

alentejano2004

alentejano
Enviado por alentejano em 24/12/2006
Código do texto: T327265