A gente somos inútil

Está na boca do povo do RS, o assunto do momento; a farra das diárias dos vereadores. Verdadeiras fortunas têm sido gastas para cursos de “aperfeiçoamento” dos abnegados políticos que se dedicam com todas as forças, a melhorar a qualidade de seus relevantes serviços. Por minha parte, com essa mania de tentar entender as coisas, gostaria de alguns esclarecimentos.

A) Se nós somos os empregadores e eles os empregados, não deveríamos nós, decidir se eles precisam tais cursos, e em que condições os fariam?

B) Sendo seu emprego temporário, e estando perto do fim de seus contratos, eles fariam tais investimentos em seus funcionários se eles fossem os patrões?

C) Se eles tinham essas deficiências funcionais não deveriam ter nos informado durante suas campanhas, para esclarecer nossas escolhas?

E) Os cursos têm que ser necessariamente em cidades turísticas onde sabidamente os custos se elevam?

F) Em qual área eles são aperfeiçoados, no aspecto funcional, moral, ou em ambos?

G) Caso seja no funcional, por que nenhuma cidade dá sinais de melhora de seus administradores que tanto buscam a excelência e seguem em crassa insipiência?

H) Se melhoram moralmente, como equacionam a roubalheira que os envolve com seu upgrade moral?

I) Se os cursos têm se revelados inócuos, por que continuam a fazê-los?

J) Não seria mais honesto prepararem-se antes de postular a vida política, que aprender a trocar pneu com o carro em movimento?

Gostaria que eles me ajudassem respondendo essas questões, pois, como disse alguém, “a gente não sabemos votar, a gente somos inútil.”