Professora Iolanda minha primeira Mestre, uma jovem bonita, tratava seus alunos com um carinho especial, o que nos cativou. Tenho certeza que como eu, todos a trazem na lembrança. Hoje ela está junto a Deus, ensinando o “b-a-bá” aos pequeninos Anjos.

Sempre falo em minhas postagens em tempo, pois os ciclos de vida são divididos:

Passado – Os alunos ingressavam na Escola com sua educação alicerçada, pois Educar é missão da família e esta educação levava o aluno a valorizar o que a Escola tinha como missão, a Formação.  Desta forma, os Mestres cumpriam sua tarefa com êxito e o aluno tinha um excelente aprendizado. Ali nos preparamos para conhecer e conviver com a sociedade, ampliar os horizontes, buscar realizar os ideais, descobrir a vocação profissional e obter Cultura.
Neste passado contribui para a formação de muitas crianças, pois sou Formada em Magistério, desta forma, retribuindo o que me ofertaram.

Presente – Escola é símbolo de insegurança, medo, os Mestres ali estão, pois é sua Profissão, a maioria dos alunos ali está porque seus Pais os obrigam a freqüentar aulas. A crueldade da realidade da vida, já absorveu as crianças antes mesmo de conhecer a Escola, pois na rua não é necessário estudar, o aprendizado se faz sem prestar provas, é aprovado quem grita mais alto, quem bate mais forte. Quando o Conselho Tutelar junta os fragmentos de seres espalhados pela cidade e os coloca em um ambiente escolar, se inicia um processo de terror, não existe adaptação com regras e cobranças, a  liberdade é a meta principal, pois para seus projetos de vida cultura não é necessário.
A atualidade nos mostra que a Classe dos Mestres sofre inúmeros bloqueios, físicos e morais para o cumprimento do dever. Hoje as leis protegem mais o agressor do que o agredido, o infrator pode tudo, comprovado com a falta de respeito e conscientização dos direitos e deveres do cidadão. Os Mestres sentem-se impotentes, pois nem bons exemplos o Governo oferece ao seu Cidadão.

Futuro - A inversão de hierarquia e de valores é assustadora e deixa o professor indefeso e coagido, creio que com o passar dos anos será observado um decrescente interesse em dedicar-se a Carreira do Magistério, pois é Mestre quem ama incondicionalmente seu semelhante, ninguém é Mestre por dinheiro, pois nem salários dignos recebem. E quem formará os cidadãos? A vida com seu sistema pernicioso, formando indivíduos que ficarão a margem da sociedade.

Aos Mestres meu carinho, minha beijoka e que, ocorra um milagre, “que a linguagem universal da sabedoria” ocupe seu lugar no Universo, mudando a escala de valores dos indivíduos.

verita
Enviado por verita em 15/10/2011
Reeditado em 15/10/2011
Código do texto: T3277337
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