A METÁFORA DO CASULO

Lêda Torre

Passeando pelo mundo encontrei a Filosofia. Com ela percebi que lhe fazia companhia, a Educação. Mais à frente, encontrei a Antropologia, e por último a Psicologia. Fiquei perplexa a questionar-me, o que essas daí estão fazendo, afinal? Quem sou eu diante delas? Um minúsculo ser... Todas muito belas jovens, que apesar dos séculos de existência, todas bem atuantes e presentes nas nossas vidas, vivem fazendo pesquisas intermináveis até, simplesmente com um único objetivo: compreender o homem e suas loucuras. Mas, finalmente, o que se passa na cabeça dessa criatura, meu Deus?

Ora está triste, ora alegre, ora amante, ora brutamontes, ora doce, ora louco, irracional até... a ponto de até ceifar vidas barbaramente, sem raciocinar sequer, quando bem depois diz apenas: - sou inocente! Vá entender! Eu, hein! ? Mas não fica por aí, não.

Estas doutoras em pesquisas vivem a vida inteira tentando decifrar esse ser; porém, até hoje nunca chegaram a nenhuma conclusão, este objeto de pesquisas e estudos profundos, continua inacabado, incompleto, indeciso, indecifrável, inconstante, “irracional” e, por que não dizer, louco de pedra? eu diria. É preciso que ele saia do seu eu mais profundo,desbrave o que há de bom nesta vida, porque o maior criador do universo,só planejou o melhor para nós. Mas é preciso que esse mesmo homem incompreensível, saia do seu egoísmo, da escuridão da amargura, do desamor, da dureza da ignorância,é preciso sair de muita coisa ruim, que só faz mal a ele e à humanidade...mas não,ele prefere ficar na sua caverna,no seu casulo, como quem quer ser o dono da verdade, o dono do mundo, o meu dono, o seu dono, quer ser o cara!!.....mas não é! e pode até ser,a borboleta mais bela, multicolorida, muito humana, cheia de asas para voar,mas vai ter que sair....o casulo nunca foi pra ficar lá...

Pois bem, ao velejar por mares desconhecidos, lá estão elas, de velho, porque de novo não! Não tem como ignorá-las, lá se vão fazer ou refazer, construir ou desconstruir tudo outras vezes, é preciso, não tem jeito!

Por paixão, estas jovens nas suas indagações, todavia muito antigas quando se fala em saberes, confessam. Prosseguem por aí afora a tentar chegar em tempo de presenciar o homem verdadeiro sair do seu casulo, pois o que se conhece é esse aí que todos nós conhecemos...misterioso...nunca sabe o que verdadeiramente quer, o que verdadeiramente deseja. É preciso muita sensibilidade....

Eu, particularmente, nem sei também o que dessa vida quero, e como ser racional, vivo a minha vida inteira a planejar todos os meus atos, todos os meus sonhos, mas na hora “H”, muita coisa não flui, desce por água abaixo e vira tudo... Sonhos... Outra vez....

E pensando bem, na borboleta que sai do casulo, desvendando um mundo até então desconhecido, o que estas pesquisadoras recomendam mesmo é que jamais deixemos de sonhar, jamais deixemos a criança morrer dentro de nós, acima de todas as coisas jamais deixar de crê em Deus, única saída e mais acertado caminho, até porque Ele é quem está no controle de todas as coisas que existem no universo. Jamais devemos deixar de ter esperança no amanhã, porque ele sói cabe ao maior criador delinear sobre as nossas vidas.

E temos sim que continuar seguindo, na busca de encontrar o seu casulo para presenciar a hora “H’ de vermos as belas borboletas, cada uma ímpar, colorida de diversas nuances, e que vão sair do seu casulo enquanto houver sol, lua, estrelas e DEUS para fazer esse fenômeno acontecer até o fim. É assim, que penso e construo a minha metáfora do casulo.

_________São Luis, 15 de outubro de 2011____________

Lêda Torre
Enviado por Lêda Torre em 15/10/2011
Reeditado em 23/06/2021
Código do texto: T3279216
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