SOMOS IGUAIS NAS DIFERENÇAS

Se eu digo que amo à Deus, deveria também amar ao meu próximo, pois não somos Sua Imagem e Semelhança? Se é fácil amá-lo deveria também sê-lo em relação às pessoas pela ótica deste olhar.

Ninguém é obra concluída do Criador ainda, os defeitos, as imperfeições, os desequilíbrios são inúmeros e não são situações permanentes nos homens, são estados passageiros que vão se eliminando gradativamente à medida que reconhecemos nossas condutas faltosas e o arrependimento passa a estimular o processo de renovação moral de todos nós, ou seja, estaremos cansados da INVOLUÇÃO! e motivados avançamos.

Porem as pessoas provocam minha impaciência, fazem coisas que me desagradam, estimulam minha intolerância, motivam minha irracionalidade, minha insensatez, tentam puxar meu tapete, me apunhalam pelas costas, não compreendem o que falo, distorcem minhas palavras. Cambada de imperfeitos. Como me sinto um “estranho no ninho”, um “ET”, um “patinho feio” de tanta perfeição. São perfis humanos que não se coadunam, não se assemelham, não se afinizam com a minha maneira de pensar e proceder.......

CONTEXTUALIZAÇÃO:

Guardamos ainda dentro de nós o ranço pegajoso da intolerância, que sobe à tona frente à qualquer situação comparativa com aquilo que aprendemos a defender como verdade, como modelo de perfeição. Temos estes parâmetros definidos, enraizados, sedimentados pelo tempo. Daí a dificuldade de conviver, aceitar, tolerar aquilo que não se assemelha com o que pensamos, que não se espelham conosco, candidatos à perfeitos. As vezes são sutis diferenças que deveriam ser observadas com mais carinho, mais cuidado, não com os nossos olhos, mas com os olhos dos outros, sem o rigor perfeccionista de nossas análises.

Observamos ainda situações de completo descontrole diante destas inaceitações, chegando às raias de extrema violência, simplesmente pela insatisfação e o incômodo provocado pelo comportamento diferenciado do outro. É a volta à Idade Média, quando se julgava e punia sumariamente à todos quantos contrariavam os costumes, condutas, disciplinas, leis compulsoriamente decretadas. Somos individualidades, de perfis e de personalidades diferentes, com os mesmo direitos e deveres de qualquer ser pensante. Somente um único detalhe deveria unificar os nossos sentimentos afastando a intolerância, a intransigência e o desrespeito para com o outro: é o de que somos todos irmãos perante Deus!

Néo Costa
Enviado por Néo Costa em 16/10/2011
Código do texto: T3280977