Amar é uma decisão

Conta uma lenda que um jovem foi visitar um sábio e falou sobre as dúvidas que tinha a respeito de seus sentimentos por uma moça. O sábio escutou e disse:

-Ame-a!

Mas eu tenho dúvidas, disse o rapaz. E diante do desconcerto do jovem o sábio novamente falou:

-Ame-a!

Amar é uma decisão, não um sentimento. Amar é dedicação e entrega. É um verbo e o fruto dessa ação é que se chama amor. O amor é um exercício de jardinagem, por isso, arranque o que faz mal, prepare o terreno, semeie, seja paciente, regue e cuide.

Aceite, valorize, respeite, dê afeto, ternura, admire e compreenda. Ou, simplesmente, ame.

Essa lenda carrega em si uma das mais estupendas e desconhecidas revelações: a gratuidade do amor.

Na maioria das vezes, confundimos o amor com sexo, com gostar, com querer bem, com paixão, com genitalismo e outras coisas afins.

O amor pode até incluir todos esses predicados, mas o inverso pode não ser verdadeiro. Você pode amar e por isso, fazer sexo, mas pode fazer sexo sem amar, também.

Quando um casal se separa por que “não te amo mais” ou por que “ o amor acabou”, isso não existe. Na visão de Deus, nunca houve amor, então. Houve sim, um sentimento, não uma atitude. Houve um desejo de fazer, mas não foi feito. Houve uma promessa, não um ato. Casaram por que se “gostavam” ou estavam apaixonados, ou por que o outro era liiiiindo, mas não por que o amava. Por que amar nada tem a ver com gostar.

O sábio da lenda foi direto ao ponto: ame-a! Esqueça se gosta ou não e despose-a amando-a para sempre. Sirva-a e depois colha os frutos do jardim que você semeou, regou e cuidou.

Esqueça os teus sentimentos e despose-a por aquilo que você é – uma pessoa capaz de amar.

Amar é uma decisão, não é um sentimento.

Rejane Savegnago
Enviado por Rejane Savegnago em 17/10/2011
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