A Mulher de Lata

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imagem/GildoCarvalho

 
O cachorro me acordou as cinco. Providencial já que coincide com a hora que devo engolir  “ciprofloxacino” para combater um ataque de mau  imunodepressor,entre outros, segundo o Google, porque remédio da rede publica não vem com bula e as informações impressas  no verso da cartela metálica não se consegue ler, o que de certa forma é uma benção. A última bula que li trazia 1% de indicação e 99% de possíveis efeitos colaterais.  

Não dá para voltar para a cama embora estejamos no horário de Verão fato que o cachorro desconhece e insiste em querer descer, mas eu ainda que toscanejando aproveito o silêncio para dar ouvidos ao que repentinamente, como vazamento de um dique, goteja pelas brechas do meu inconsciente enchendo minha moringa e então me rendo a análise das injúrias, das injustiças e das maldades que me intoxicaram juntamente com a tentativa de esquecê-las;  me debilitaram  ao me acumpliciar com elas quando  outorguei  perdão sem nada assinar.

(sic) Esquecer ofensas depende da nossa memória.

Continuo mais tarde.

Acabo de me lembrar que preciso descer com o cachorro que não conhece a maldade , perdoa, mas jamais esquece os maus tratos.

Vamos Chuko, vamos mijar no mundo...

Sem revisão 22/10/11