Nem aqui nem na China...

No Le Monde virtual pela internet, uma reportagem diz que ainda neste mês de outubro, a humanidade chegará a sete bilhões de pessoas. O mundo pode alimentar até 11 bilhões, mas não nesse sistema iníquo. Há um bilhão de seres humanos passando fome e vivendo abaixo da linha da pobreza. O que fazer? Vem com tudo a velha proposta de uma política de controle da população. Não que eu seja implicante, mas para mim é igual àquele marido que descobre a esposa transando com o amante no sofá da sala e como providência decide trocar o sofá ou, mais radicalmente, não ter mais sofás na sala.
A solução para a fome e a miséria do mundo é mudar o sistema social em que vivemos e não apenas controlar a população. Está ai a China como exemplo...
- E por falar em China, “Um conto chinês” é um filme chinês com o ator argentino Ricardo Darin (implico pouco com argentinos). Ele é proprietário de uma mercearia em Buenos Aires e, por acaso, encontra na rua um adolescente chinês que não fala patavina de espanhol. Sente-se impelido a levá-lo para casa e lhe dar comida e abrigo, ao mesmo tempo que procura a embaixada da China, buscando uma solução para o drama do rapaz que está à procura de um tio, último sobrevivente de sua família.
Quando alguém, por pura humanidade, acolhe um desconhecido e o ajuda mesmo sem entender uma palavra que ele diz, esse vive em plenitude a parábola do evangelho na qual um professor-doutor da Lei pergunta a Jesus: “quem é meu próximo?” e Jesus inverte a pergunta e responde “de quem você é próximo?”. Próximo é aquele(a) que entra no caminho da vida da gente e em quem eu reconheço a presença de um irmão e irmã.