Desmeninas.

Luísa,diria ela.Com acento e ésse,por favor,porque essa história de zê é uma ofensa à última flor do Lácio,tão bela e incontestável.

Psicose enrustida,traz(ia?) como bem a paixão pela morte que só atacava suas sensações,bela moça,aquela.

Contava-se dona.Dona!De um fetiche pelas combinações ambíguas e paradoxais,ah,claro!Dona...que dona?De feminilidade,certo.Às vezes(o vento governa),devagar,oscilante.Dona de luta.Que venha o luxo nosso de cada dia com o sangue e suor.Que agarre a fumaça da segurança.Nunca,Iludida.

Ilusionista.

Luísa dizia não acreditar no amor.Que era resultado de clichês apoiados no vazio,produto do produto que qualquer comerciante quer vender,vivam os feriados emocionais inventados pelo capitalismo!

Que droga de amor é esse?Vá à esquina e escute “eu te amo” por um pouco de caridade física,satisfaça sua própria carência com atenção ao sem-nada(ah,que coração bom dessa mulher!).Corra atrás dos que seu cérebro precisa para se desenvolver,que amor que nada,tudo resulta em aprendizado aprendizado essa merda de maturidade.pra trás.Escute as palavrinhas que mais parecem bom dia e tenha certeza que pedirão um favor.Ou pediu ou está agradecendo,homem(humano!) é tudo igual(a mim?).

Ver só a aparência,o resto vai te enganar mesmo.Fazer do coração uma máquina sedenta por conquista.Manipular,colecionar número e nomes de apaixonados.O sofrimento de outrem não importa,contanto que contribua para o aumento da estima.Para olhar-se no espelho e ver uma mulher,desejada por muitos e posse de ninguém ( insano ópio diário).Para registrar e sacar a adaga trazida no pescoço,romper qualquer ferimento que levante o ego de agora.Só agora.

O tempo transcende pensamentos.

E salva?

Nada afirmo,porém digo do que vi:

Dizia não amar.

E chorava.