Vestibular

Uma juventude toda corrida, uma vida atrevida até com direito a questionar os meus pais, mas não foi nada não, uma vida na contra mão. Você acaba colidindo-se com sua mocidade e sem nenhuma maldade completei meus dezoito anos e agora este tal de vestibular por onde começar?

Digam-me qual a direção? Por mais que seja minha estupidez agora eu sei chegou minha vez. Estou em alto mar e tenho que me orientar para chegar numa terra firme.

Em meio a tanta bonança um mar de oportunidades digam-me onde fica a segurança? Será que terei de seguir os meus pais que às vezes critiquei, que às vezes julguei? Agora serão eles que primeiro irão julgar-me! E agora a Tânia naquela beleza um herário de pureza com minha ausência será que Joaquim dela irá aproximar-se, mas não tenho opção a vida me devolveu a contra mão e se eu nunca fui homem agora tenho que ser e obedecer a razão e o destino.

Estava tão bom, um rio caudaloso todo pomposo sem nenhuma barreira eu que dei canseira no tempo, mas agora o tempo alcançou-me. Será que serei um ser humano que faz as coisas acontecerem, ou será que serei um apagão que ninguém vê?