Pare! Pense! Sorria!
Parei de ligar para meus problemas. Eles não atendiam mesmo a ligação. Parei de chorar sobre o leite derramado, preferi lambê-lo a acrescentar-lhe lágrimas, que de nada serviam, além de salgar. Parei de remoer o passado morto e de sonhar futuro utópico, e decidi viver o dia como quem via além dos olhos da realidade. Percebi que tudo que causa angústia vinha de dentro do ser angustiado, besteiras amassadas e jogadas no lixo, e toda maldade é uma distorção da realidade. Decidi não mais correr contra o tempo, perdido ou fodido, prestando mais atenção no vento. Não me mato mais com a cadela que late na madrugada nem com o sistema tributário pátrio; não quero saber de implantar uma revolução no bojo do sistema, a fim de alcançar o que nem sei o que; não estou nem aí para o que dizem ou deixam de dizer sobre minha pessoa, pois todos estão “cagando e andando” para tudo isso; não me aflito e nem insisto, muito menos desisto, prossigo com o dedo em riste, mesmo como quem cálido, pálido e inválido resiste; não busco os segredos do universo, não está em meu cronograma, simplesmente dou gargalhadas do drama da vida, como quem pensou, refletiu e, em última alternativa, sorriu...
SAvok OnAitsirk, 22.11.11.