Saudosa vida
Cinza.
Prédios por todos os lados.
As infiltrações lembram a figura de uma mulher...
Vida...
Nada parece vivo.
Olhando da janela do quinto andar deste prédio, nem as pessoas parecem vivas;
elas não cantam, elas não sorriem e não se amam.
Parecem robôs sentados, programados para digitar e atender telefones...
Não parecem pessoas, não exalam cultura, apenas, digitam.
Ao invés dos pássaros, ouço os “tleck, tleck, tleck’s” dos teclados e o barulho monótono do ventilador.
Mas existe vida.
Mesmo meio escondida num canto da sala.
Parece um pouco deslocada sobre aquele carpete e dentro daquele vaso que tanto aperta suas raízes.
Aquele vaso de planta, também parece ter saudade...