Cronica encomendada

Fico imaginando esses cronistas que tem colunas em jornais, e que diariamente precisam enviar suas cronicas para a redação. E quando a inspiração não chega? Uma cronica, a princípio, trata-se de um texto onde o autor relata sua vivencia, sua experiencia, sua visão de algum fato, ou situação. Necessário faz, que esse autor vá em busca dessa vivencia, dessa situação, dessa informação, para que

possa contrair a sua visão. Em que, então, as minhas "quatro paredes" poderão me ajudar no meu intento de mais vezes ao mes, compor uma nova cronica? Ai, meus sais! E eis que derepente, um irmão me encomenda.

_Mana, inspire-se em mim, Faça uma por mim!

Ah Táaaaaaaaa! Acabaste de me dar uma enorme prova de amor!

Como inspirar-me em alguem que mal conheço ( se é que se conhece alguem a fundo)? Não sei de suas estórias, da sua vida.Não chorei seu choro, não sorrí com ele. Nunca nos perdoamos, pois, nunca nos magoamos. Apenas somos irmãos: corrijo-me, somos irmãos , na fé. E nessa hora, as minhas quatro paredes, caem, e me deixam um leque de situações, vivencias, informações, que me levam até ele. E como passar por ele, sem antes ser recebida com seu sorriso meigo, sincero, limpo. Sem passar primeiro pelo seu olhar cristalino, lânguido e misterioso?Como não me inspirar em seus braços abertos, acolhendo e querendo um abraço?

Não, não é fácil, falar-mos de situações apenas imagináveis. Cronicas, são, ou deveriam ser fatos relatados com poesia. E quando a poesia não cabe no fato? Sim, é pouca a poesia quando se deseja falar ou inspirar-se em algum tão especial, único.

Percebo então que preciso conhecê-lo mais. Compartilhar, sorver de sua alma, caminhar a seu lado, pra poder extrair o néctar essencial às palavras.

Em busca da inspiração, percebo que posso falar, do que mais nos une: A Fé.E me lembro de uma frase escrita em seu perfil: "Contagem regressiva para meu Orixá".Imaginei: Teremos então o Príncipe em terra!

Como assim? Festa pra Orixá, obrigações, convites, organização, filhos, trabalho, amigos, comunidade, amores, amigas-irmãs convalescendo,corre - corre, e o desejo declarado, que " ao descer as escadas possa ver os olhares de todos seus amigos nesse dia ímpar". E nesse momento, lembro-me que não estarei alí presente, ao pé da escada esperando seu retorno. Nem eu, nem muitos que alí gostariam de estar.MAis uma vez não estarei ao seu lado, não sorrirei seu sorriso, e nem secarei aquela lágrima de felicidade.

MAs, antes que a minha lágrima caia, encerrarei a cronica encomendada desta forma;

Não importa se eu o conheça muito ou pouco.

Não importa se estarei lá ou não. Nada disso nos fará melhor ou pior, pois, não será uma cronica mal-acabada, que poderá transmitir a beleza de uma amizade fecundada pela fé.

Não sou onisciente, nem onipotente, nem onipresente, mas meu PAi é. e lá, com certeza absoluta, Ele se fará presente, e o cobrirá com seu alá, e o acolherá, e o sustentará, e dançará ao lado de seu protegido,pois, esse sim, o conhece muito.

Te amo, amigo!