A PROCURA DE DEUS - 32

Um dia senti que já era hora de achá-lo, com uma mochila nas costas, e muita esperança, parti.

Minha mãe chorou, meu pai tentou me impedir, mas eu fui, sem nem olhar para trás, eu tinha de procurar.

-Vou começar pelo fundo, é lá que ele deve estar, e num submarino, me esgueirei, com ele fui até as profundezas, mas lá não o encontrei.

Por estradas caminhei, passei fome, medo, cansaço, pelo frio quase me entreguei, mas pela certeza de poder encontrá-lo, a tudo suportei.

Subi aos Andes, com pedras feri meus pés, e lá no alto cheguei, mesmo quase desfalecendo, sem poder respirar, senti, que era só levantar minha mão, para uma estrela pegar, “é aqui pensei”, mas o cansaço me venceu, dormi e me pus a sonhar.

-Minha mãe em meu sonho estava, e como quando eu era menino, e por ele indagava, colocava o dedo em meu peito, no coração, e pressionando dizia, “é só aqui filho que poderás achá-lo”, eu, criança, não entendia, e em minha procura, persistia, eu precisava muito encontrá-lo.

Ao acordar, lá no alto, exausto, quase um frangalho, pés feridos, corpo doído, sem estrelas alcançar, minha mão apoiada no peito, enquanto eu dormia, pesava, como quando minha mãe me mostrava, e com abnegação, entendi, que não precisava sofrer, ir longe, porque quem eu procurava, sempre esteve comigo, em meu peito, bem aqui... Dentro do meu coração!

AGRADEÇO AOS AMIGOS DO RECANTO, POR ESTAREM AQUI,

ME DANDO O PRAZER DE SUA VISITA E DEIXANDO UM COMENTÁRIO.

ABRÇS

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Lani (Zilani Celia)
Enviado por Lani (Zilani Celia) em 04/12/2011
Reeditado em 21/05/2015
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